Um estudo recente, publicado na revista científica Nature, mostra avanços nas pesquisas científicas envolvendo o uso de células-tronco para regeneração do tecido cardíaco.
As doenças do coração matam cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente. Apenas no Brasil são 92 mil casos de morte por infarto agudo do miocárdio, problema que quando não mata pode deixar sequelas.
A possibilidade de recuperar da melhor forma o coração desses pacientes é estudada há décadas, embora as evidências da eficácia do uso de células-tronco ainda sejam escassas.
Na Nature, o estudo conduzido pelo pesquisador de biologia cardiovascular Jeffery Molkentin, do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, identificou duas terapias comuns com células-tronco que desencadeiam células imunes, chamadas macrófagos, que ajudam a reparar o tecido da área do coração danificada, melhorando a função do órgão.
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Os pesquisadores injetaram em ratos que haviam sido privados de oxigênio (simulando um ataque cardíaco) dois tipos de células usadas nas terapias com células-tronco.
Ao final, descobriu-se que os animais que haviam recebido as injeções de células tiveram uma recuperação da função cardíaca significativamente melhor do que aqueles que tomaram placebo.
No entanto, os cientistas também testaram o uso de um composto químico chamado zymosan, conhecido por provocar uma resposta imune. Os animais que receberam a substância tiveram um resultado ainda mais positivo do que com as células-tronco.
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