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Combate contra Aids não consegue reduzir novas infecções, diz UNAids

Por semana, 7.400 meninas entre 15 e 24 anos são infectadas pela Aids

Saúde|

Em 2015, foram 2,1 milhões de novos casos
Em 2015, foram 2,1 milhões de novos casos Em 2015, foram 2,1 milhões de novos casos

O número de novas infecções de aids não sofre uma redução desde 2010 e a entidade da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável por lidar com a doença, a UNAids, lança um alerta internacional sobre o risco de "complacência" entre as camadas mais jovens da população.

Dados publicados nesta segunda-feira (21), em Genebra apontam que um total de 35 milhões de pessoas morreram por causa da Aids em 35 anos de história da epidemia.

Mas é o número de novas infecções que mais preocupa. Em 2015, foram 2,1 milhões de novos casos. O número tem se mantido no mesmo patamar desde 2010. Um dos poucos avanços concretos tem sido realizado no número de crianças afetadas, com uma queda de 50% em apenas cinco anos.

Em diversos outros segmentos da população, porém, os dados apontam para uma estagnação no combate. Por semana, 7.400 meninas entre 15 e 24 anos são infectadas pela Aids. Em cinco anos, essa taxa caiu apenas 6%. A doença entre as pessoas que injetam droga também aumentou, com um salto de 36% entre 2010 e 2015. Homossexuais ainda registraram um salto de 12% no número de novos casos.

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"Não há uma queda de novas infecções. Para mudar essa realidade e acabar com a epidemia, precisaremos de investimento de longo prazo", disse Peter Ghys, diretor de Estratégia da UNAids. "O mundo não está fazendo um bom trabalho nessa questão."

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Um avanço, porém, tem sido no número de pessoas com acesso ao tratamento. Hoje, já são 18 milhões de pacientes, de um total de 36,7 milhões de pessoas que vivem com a aids. A entidade considera que, se o ritmo de progressão no acesso for mantido, 30 milhões de pessoas terão o tratamento até o final da década.

Um dos resultados desse maior acesso tem sido a redução da mortalidade. Em dez anos, a taxa caiu em 45%, passando de 2 milhões de mortes em 2005 para 1,1 milhão em 2015.

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Outra constatação é de que o coquetel permitiu que um número inédito de pessoas ultrapasse a marca de 50 anos contaminadas pela aids. No total, são 5,8 milhões de pessoas nessa situação.

Desde inicio de epidemia, em 1981, 78 milhões de pessoas foram contaminadas. Em 2015, a comunidade internacional investiu US$ 19 bilhões para lidar com a doença. Mas o combate vai precisar de US$ 26,2 bilhões em 2020 e US$ 23,9 bilhões em 2030 se o objetivo de zerar novas infecções quiser ser atingido.

Na América Latina, dados mostram que 2 milhões de pessoas vivem com a aids. Em 2015, 100 mil novos casos foram registrados, o mesmo patamar dos últimos em cinco anos.

Um total de 50 mil pessoas morreram em 2015, uma queda de 18% em cinco ano. Na região, 55% da população tem acesso a tratamentos.

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