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Vacina russa começará a ser produzida no Brasil, diz laboratório

Farmacêutica prevê até 8 milhões de doses da Sputnik V por mês, mas ainda depende de aval da Anvisa para distribuição

Coronavírus|

Sputnik V já é usada em massa na Rússia desde o fim de 2020
Sputnik V já é usada em massa na Rússia desde o fim de 2020 Sputnik V já é usada em massa na Rússia desde o fim de 2020

A farmacêutica União Química planeja começar a produzir a vacina russa para covid-19 Sputnik V na próxima semana, e prevê produzir até 8 milhões de doses por mês, disse o diretor de negócios internacionais da empresa, Rogério Rosso, nesta sexta-feira (6).

A empresa, que tem unidade de produção de vacinas em Brasília, se prepara para solicitar à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para o uso emergencial da vacina desenvolvida em Moscou.

A vacina russa Sptunik V demonstrou bons resultados, segundo o Instituto Gamaleya, desenvolvedor do produto.

Os testes de fase 3, ainda não publicados em revista científica, teriam apontado uma eficácia de 91,4% na prevenção da covid-19.

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Fora da Rússia, a Argentina concedeu autorização para uso emergencial da Sputnik V e comprou um lote de 10 milhões de doses — suficientes para imunizar 5 milhões de pessoas.

Segundo o governo russo, México, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Indonésia e Índia apresentaram interesse na compra da vacina.

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Tecnologia

A Sputnik V é feita a partir de uma tecnologia nova, que utiliza adenovírus — vírus causadores de resfriado comum.

No caso da vacina russa, a primeira e a segunda dose utilizam adenovírus diferentes, algo exclusivo do Instituto Gamaleya.

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Por meio de engenharia genética, são removidos os genes de reprodução viral dos adenovírus, ou seja, ele não vai causar resfriado, será utilizado apenas como "meio de transporte".

Dentro destes adenovírus são colocados genes codificando a proteína S do coronavírus (SARS-CoV-2). Estas proteínas são as que ficam na coroa do vírus causador da covid-19 e se ligam aos receptores no corpo humano.

Uma vez inoculado, o adenovírus com o gene do coronavírus induz uma resposta imunológica no corpo humano.

Após 21 dias, ocorre a segunda vacinação, com outro tipo de adenovírus, mas o mesmo material genético do SARS-CoV-2. Então, segundo os dados russos, ocorre uma imunidade ainda mais forte e duradoura.

O método é semelhante ao usado pela Universidade de Oxford no desenvolvimento da vacina contra covid-19.

Recentemente, a AstraZeneca, detentora dos direitos comerciais do imunizante, anunciou uma parceria com o Instituto Gamaleya para estudar uma combinação das duas vacinas.

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