Paciente recebe aplicação de botox
DivulgaçãoAcaba de ser iniciado um tratamento inédito com aplicações de toxina botulínica A (botox) para melhorar a qualidade de vida dos pacientes da Associação Cruz Verde, instituição filantrópica que atende crianças e adultos com paralisia cerebral grave.
A terapia beneficia pacientes que sofrem de espasticidade – distúrbio do controle muscular que acarreta aumento do tônus com prejuízo funcional: limitação dos movimentos, propensão a deformidades. A medicação ainda auxilia no controle da sialorréia, excesso de saliva.
O produto age no músculo injetado, relaxando-o e aprimorando o controle motor, podendo auxiliar na realização de atividades, melhora de posicionamento e higiene, com consequente diminuição dos sintomas dolorosos e aumento da autonomia sobre as atividades diárias. Pode evitar tanto deformidades osteoarticulares como procedimentos cirúrgicos ortopédicos para corrigi-las.
Para ajudar paceintes da rede pública, foram disponibilizadas oito vagas por mês para aplicação do produto. Basta a família do paciente requisitar o tratamento no hospital em que for atendido. AS vagas ainda não foram preenchidas, muitos médicos nem sabem que podem encaminhar seus pacientes.
Dra. Mônica Calazans Cherpak, médica fisiatra da Associação Cruz Verde conta que, para este tipo de tratamento, a reaplicação é feita, em média, a cada seis meses, variando de acordo com o paciente.
— A aplicação da toxina botulínica permite melhor controle da espasticidade, auxilia a prevenção de deformidades e pode melhorar o desempenho do paciente na atividades, além de facilitar higiene. Não há um tempo médio previsto para que o paciente permaneça em tratamento, mas em crianças deve ser iniciado o mais rápido possível.
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Como é a paralisia cerebral
Trata-se de uma lesão no cérebro em desenvolvimento, que pode afetar a mobilidade pela excessiva contração dos músculos. A etiologia da paralisia cerebral tem sido atribuída a várias doenças no período pré-natal, perinatal e pós-natal. As causas incluem prematuridade, baixo peso no nascimento, exposição do feto a infecções ou inflamações maternas entre outras.
Outros fatores podem provocar a lesão cerebral e levar ao diagnóstico de paralisia, tais como casamentos consanguíneos, consumo de drogas ilícitas, álcool e tabaco pela mãe durante a gestação. Algumas causas após o nascimento são acidentes nos quais a criança sofre traumatismo crânio-encefálico, infecções do sistema nervoso central, e quadros agudos de falta de oxigenação cerebral, entre os quais semi-afogamento e parada cardiorrespiratória.
A Associação Cruz Verde é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 1958 pelo médico neurologista Antonio Branco Lefèvre. Considerada referência no tratamento de paralisa cerebral grave, a entidade atende 204 pacientes de todas as idades em regime de internação e oferece aproximadamente 18 mil atendimentos por ano a pacientes externos no Ambulatório e Hospital-Dia, Unidades subsidiadas integralmente pela Instituição que reúne uma equipe de 300 pessoas entre funcionários e profissionais.
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