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Diabéticos podem se beneficiar mais de exercícios à tarde e à noite

Estudo constatou redução da resistência à insulina em até 25% dependendo do horário em que os indivíduos praticavam atividades físicas moderadas

Saúde|Do R7

Estudos já mostraram que força muscular tem pico no fim da tarde
Estudos já mostraram que força muscular tem pico no fim da tarde Estudos já mostraram que força muscular tem pico no fim da tarde

A atividade física é considerada por médicos como algo fundamental para evitar e controlar algumas doenças crônicas, incluindo o diabetes. Agora, pesquisadores descobriram quais são as horas do dia em que o exercício produz mais efeitos na redução dos níveis de açúcar no sangue.

Em um artigo publicado na terça-feira (1º) na revista científica Diabetologia, pesquisadores do Departamento de Epidemiologia Clínica do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, mostram as vantagens para diabéticos ou pré-diabéticos que praticam atividades físicas à tarde e à noite. Exercitar-se pela manhã não resultou em impacto na diminuição da resistência à insulina, nem, portanto, nos índices glicêmicos.

O grupo, coordenado pelo pesquisador Jeroen van der Velde, analisou dados de 2008 a 2012, do ensaio "Epidemiologia da obesidade da Holanda", um estudo de coorte prospectivo de base populacional projetado para investigar os processos envolvidos no desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade.

Os participantes tinham IMC (índice de massa corporal) igual ou maior a 27, o que já caracteriza sobrepeso. Ao todo, foram estudadas 6.671 pessoas.

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Os cientistas coletaram amostras de sangue para medir níveis de glicose e insulina em jejum e após as refeições. Um terço dos participantes também foi selecionado para uma ressonância magnética, que buscava identificar a presença de gordura no sangue.

Uma parte deles recebeu um acelerômetro e um monitor de frequência cardíaca combinados, para ser usados por quatro dias e noites consecutivos a fim de monitorar o movimento e a atividade da pessoa. As medidas de aceleração e frequência cardíaca foram usadas para estimar o PAEE (gasto energético da atividade física).

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A realização de exercícios físicos, então, foi acompanhada de acordo com o período do dia: manhã (6h-12h); tarde (12h-18h); e noite (18h-0h).

Eles constataram uma relação entre a resistência à insulina e o tempo de atividade física de intensidade moderada durante o dia, sendo que os exercícios feitos à tarde ou à noite foram associados à redução da resistência à insulina, em 18% e 25%, respectivamente, em comparação com uma distribuição uniforme da atividade ao longo do dia.

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Os autores ressaltam que estudos anteriores indicam que a força muscular e a função metabólica das células musculares esqueléticas apresentam um pico no fim da tarde. Isso sugere que ser mais ativo durante esse período pode resultar em uma resposta metabólica mais pronunciada do quando se faz exercício no início do dia.

"Esses resultados sugerem que o tempo de atividade física ao longo do dia é relevante para os efeitos benéficos da atividade física na sensibilidade à inulina. Mais estudos devem avaliar se o momento da atividade física é realmente importante para a ocorrência de diabetes tipo 2”, descrevem.

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