Tedros Adhanom alerta que variantes mais fortes podem surgir
Fabrice Coffrini/Pool via REUTERSO Diretor-Geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (23) que as vacinas de reforço covid-19 devem ser adiadas, pois a prioridade deve ser dada ao aumento das taxas de vacinação em países onde apenas 1% ou 2% da população foi inoculado.
Se as taxas de vacinação não forem aumentadas globalmente, variantes mais fortes do coronavírus podem se desenvolver e vacinas destinadas como doses de reforço devem ser doadas a países onde as pessoas não receberam sua primeira ou segunda dose, disse ele durante uma visita a Budapeste.
"Além disso, há um debate sobre se os tiros de reforço são realmente eficazes", disse Ghebreyesus em entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto.
Aqueles cujo sistema imunológico está comprometido devem receber uma injeção de reforço, embora representem apenas uma pequena porcentagem da população, acrescentou.
A OMS disse na semana passada que os dados atuais não indicam que as vacinas de reforço do covid-19 são necessárias e que as pessoas mais vulneráveis em todo o mundo devem ser totalmente vacinadas antes que os países de alta renda implementem um reforço.
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada que planejam tornar as vacinas de reforço da covid-19 amplamente disponíveis a partir de 20 de setembro, conforme as infecções aumentam com a variante Delta do coronavírus.
A Hungria já começou a distribuir amplamente as vacinas de reforço, com qualquer pessoa elegível quatro meses depois de receber sua segunda dose de uma vacina contra o coronavírus.
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