Europa já tem transmissão local do novo vírus
EFE/EPA/IAN LANGSDONDesde que começou a registrar casos fora da China, o SARS-CoV2 (novo coronavírus que provoca a doença covid-19) já chegou a outros 76 países, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Dos 93 mil casos globais, incluindo 3.198 mortes, a China continua a ser o país com o maior número de infectados: 80,4 mil (2.984 mortes).
Em seguida, aparecem Coreia do Sul (5.328 casos), Itália (2.502) e Irã (2.336).
Na Europa, a doença já é registrada em praticamente todos os países. Depois da Itália, França (212 casos), Alemanha (196) e Espanha (151) são os que mais têm infectados.
A OMS considera que existe transmissão local do vírus (sem relação com a China) em 28 países.
São eles: Alemanha, Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Irã, Itália, Japão, Líbano, Malásia, Noruega, Países Baixos, Reino Unido, San Marino, Cingapura, Suíça, Tailândia e Vietnã.
Por conta disso, o Brasil agora vai considerar casos suspeitos viajantes procedentes desses países e que apresentem febre e sintomas respiratórios, como dor de garganta, tosse, coriza, dificuldade para respirar, entre outros.
Isso fará com que aumente o número de casos suspeitos em todo o país, embora o Ministério da Saúde sinalize que, muito em breve, deixará de dar atenção às estatísticas e passará a focar em pessoas com sintomas respiratórios graves.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou na terça-feira (3) que a pasta espera um relativo aumento das pessoas em busca de atendimento médico com a expansão da lista de países em que há circulação do SARS-CoV2.
No entanto, ele orientou que apenas aqueles que realmente necessitem de cuidados recorram aos hospitais e unidades de saúde.
"Não é necessário que as pessoas façam isso [ir ao hospital] só por um sintoma leve. Vamos encher nossas unidades de saúde com pessoas com casos leves ou assintomáticos, correndo risco de transmissão, aí sim, por pessoas que estão nessas unidades", ressaltou.
O Brasil permanecia até ontem com dois casos confirmados e outros 488 sob investigação. Outras 240 notificações haviam sido descartadas.
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