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Endometriose pode dificultar, mas não impede a gravidez

A doença, que afeta 1 em cada 10 mulheres, não causa gestação de risco, diz ginecologista; esta sexta-feira (8) é Dia da Conscientização da Endometriose

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Endometriose não causa gravidez de risco, segundo ginecologista obstetra
Endometriose não causa gravidez de risco, segundo ginecologista obstetra Endometriose não causa gravidez de risco, segundo ginecologista obstetra

A endometriose dificulta, mas não impede a gravidez. Cerca de 50% das mulheres com endometriose poderão ter dificuldade para engravidar, dependendo da gravidade da doença, segundo o ginecologista obstetra Marcos Tcherniakovsky, chefe do setor de vídeo-endoscopia ginecológica e endometriose da Faculdade de Medicina do ABC.

Saiba mais: Dor da endometriose leva 30% ao ortopedista antes de diagnóstico

A endometriose, definida como o crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero, afeta 10% das mulheres no mundo. “Uma em cada 10 mulheres terão aletoriamente o problema”, afirma o médico.

Nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, também se comemora o Dia da Conscientização da Endometriose.

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Gestação não piora quadro da doença

A causa da endometriose ainda é desconhecida. Endométrio é o tecido que reveste o útero, onde o embrião é implantado. Quando não ocorre a fecundação, parte desse tecido é eliminado por meio da menstruação. Por alguma razão, em algumas mulheres, essas células do endométrio migram no sentido oposto, caindo nos ovários ou na cavidade abdominal, aderindo a órgãos como intestino e bexiga.

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“Acredita-se que a doença esteja relacionada à predisposição genética e ao sistema imune”, afirma.

Leia também: Fadiga pode ser um sintoma de endometriose, mostra estudo

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Segundo Tcherniakovsky, acreditava-se que a gravidez contribuiria para a melhora da doença. No entanto, ele explica que, hoje, se sabe que a gestação apenas não piora o quadro. “A tendência é não piorar o quadro durante a gestação, pois, além de a mulher ficar esse período sem menstruar, o estrógeno, que estimula o endométrio, tem menos atuação, prevalecendo a progesterona, o hormônio da gravidez”, afirma.

A endometriose tem relação com os hormônios femininos, surgindo durante a fase reprodutiva e regredindo na menopausa.

A mulher com endometriose não terá uma gestação de risco, de acordo com o ginecologista. “Não tem nada a ver. Ela não vai ter mais enjoos nem nenhuma alteração relacionada à endometriose”, diz. “Após a gravidez, quando a menstruação retornar, ela deverá voltar a fazer o acompanhamento e tratamento do problema”, orienta.

Endometriose pode não ter sintomas

O tratamento é feito à base de hormônios, segundo o médico, geralmente com uso de anticoncepcional com o objetivo de suspender a menstruação.

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“O grande problema é que, muitas vezes, a endometriose não produz sintomas e muitas mulheres não sabem que têm, então não fazem o tratamento”, explica.

Os sintomas, quando ocorrem, podem ser cólica menstrual intensa e até incapacitante, dor durante a relação sexual, doar ao evacuar e inchaço abdominal. A necessidade de cirurgia é avaliada pelo médico. "Depende do grau da inflamação e se está progredindo", diz.

A infertilidade relacionada à endometriose se dá quando a doença afeta a tuba uterina, causando lesões ou sua obstrução, impedindo que os óvulos cheguem ao útero. Os exames utilizados para diagnóstico são a ressonância magnética com preparo intestinal ou o ultrassom endovaginal com preparo intestinal. A fertilidade pode ser restabelecida com o tratamento apropriado.

Saiba o que é mito e verdade sobre a endometriose:

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