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Especialistas podem conter surto de ebola, diz médico dos EUA

Nesta semana, médico visita Libéria, Serra Leoa e Guiné

Saúde|

Surto atual é maior porque médicos demoraram para identificar
Surto atual é maior porque médicos demoraram para identificar Surto atual é maior porque médicos demoraram para identificar

O doutor Tom Frieden, diretor do CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, afirmou que especialistas têm as ferramentas para interromper o surto de ebola.

O médico visita, nesta semana, Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais afetados pela doença. A Nigéria também registrou casos, mas as autoridades estão otimistas de que a disseminação da doença no país pode ser controlada.

"Muito trabalho tem sido feito, muitas coisas boas têm acontecido", disse Frieden durante reunião da qual participou a presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, na segunda-feira (25).

— Mas o vírus ainda tem o controle (da situação).

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O surto atual é o maior já registrado e sua contenção é mais complicada porque, entre outras razões, os médicos demoraram para identificar o que estava acontecendo. Além disso a doença apareceu numa região onde existe grande movimentação de pessoas. O ebola se espalhou em áreas densamente povoadas, onde muitos resistem ao tratamento ou se escondem para não serem levados aos centros médicos.

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A doença também sobrecarrega sistemas de saúde que já apresentavam sérios problemas, já que o ebola afeta alguns dos países mais pobres do mundo. Mas Frieden foi otimista sobre a possibilidade de o surto ser contido. "O ebola não se espalha de forma misteriosa, sabemos como se dissemina", afirmou em declarações transmitidas pela televisão liberiana.

— Então, temos os meios para interrompê-lo, mas isso exige tremenda atenção a cada detalhe.

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Segundo os dados mais recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), o surto de ebola matou 1.427 pessoas e infectou 2.615. A agência de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) diz que 240 funcionários da área da saúde foram infectados, um número sem precedentes. Metades desses infectados morreu.

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Segundo a OMS, o alto número de funcionários da saúde infectados deve-se à falta de equipamentos de proteção e ao seu uso inapropriado, além da falta de pessoas capacitadas para tratar da grande quantidade de pacientes.

Um surto separado da doença surgiu no final de semana no Congo, embora especialistas digam que ele não tem relação com a epidemia na África ocidental. O grupo MsF (Médicos Sem Fronteiras), que gerencia muitos dos centros de tratamento na África ocidental, disse que também está enviando especialistas e suprimentos para Equateur, uma província do noroeste do Congo. Mas a organização médica já advertiu que o surto no oeste africano exauriu seus recursos.

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