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Estudantes do RJ criam prótese para amputados de membro superior

Próteses feitas no Brasil reduziriam o preço das próteses, permitindo que o SUS custeasse a prótese desses pacientes

Saúde|Da Agência Brasil

Pesquisa poderá criar próteses de baixo custo para amputados de membros superiores
Pesquisa poderá criar próteses de baixo custo para amputados de membros superiores Pesquisa poderá criar próteses de baixo custo para amputados de membros superiores

Criado pelo estudante Robinson Simões Júnior, do sexto período de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), o projeto da Rede Acadêmica de Cibernética e Humanidades (Reach) está a um passo de desenvolver próteses de baixo custo para amputados de membros superiores.

O coordenador do projeto, professor Ricardo Carrano, disse que as próteses usadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são importadas, geralmente da Alemanha, e custam R$ 6 mil. Ele estimou que a Reach tem condições de reduzir o preço das próteses para menos de R$ 1 mil.

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Isso permitirá ao SUS custear a prótese dos pacientes. “A meta é pegar a tecnologia existente, tentar substituí-la por componentes e métodos de produção mais baratos, mantendo os requisitos de qualidade, mas com um valor que possa ser bancado pelo SUS para que o amputado tenha a prótese de graça”, argumentou.

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A Reach envolve alunos dos cursos de Medicina, Computação, Engenharia e Telecomunicações da UFF e completará dois anos em junho próximo.

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Segundo Simões Filho, feita à mão, uma prótese custa cerca de R$ 5 mil. No projeto da UFF, ainda que em nível de protótipo, a mão sai por R$ 900 a R$ 1 mil. “A gente acha que, se produzir em maior escala, consegue baixar esse preço ainda mais”, afirmou.

Tecnologia nacional

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O objeto inicial são pessoas amputadas das mãos ou nascidas sem membros superiores. Numa etapa posterior, o projeto pretende desenvolver próteses também para membros inferiores.

Os testes até o momento são feitos em dois alunos com agenesia (atrofia de um órgão ou tecido por parada do desenvolvimento na fase embrionária).

Um sensor do tipo utilizado em eletrocardiogramas é colocado em cima do músculo da pessoa, na região que tiver o tecido mais preservado.

Os estudantes conseguem detectar a contração do músculo e trabalham esse sinal para que ele seja entendido pela máquina, disse Robinson.

Os sinais são captados e amplificados através de eletrodos e enviados a um microprocessador, responsável pelo controle dos movimentos da mão.

O processo usa inteligência artificial e consegue atingir uma precisão de 90%.

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