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Fim de venda de droga contra leucemia motiva reunião de médicos

Falta da medicação deve trazer grande impacto nos resultados do tratamento do câncer pediátrico, diz hematologista

Saúde|

Entidades ligadas ao tratamento de câncer pediátrico vão se reunir nesta terça-feira (22) para discutir a interrupção da venda do medicamento L-asparaginase, contra leucemia linfoide aguda (LLA).

A droga já havia faltado em 2011, mas agora a empresa que a comercializa no Brasil, o laboratório Bagó, comunicou a entidades médicas que o produto deixaria de ser vendido por um problema mundial de produção.

Participarão do encontro o Comitê de Hematologia e Hemoterapia Pediátrica da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular) e a Sobope (Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica).

Falta de medicamento pode prejudicar tratamento de câncer

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Para a hematologista Maria Lucia de Martino Lee, da ABHH, a falta da medicação deve trazer grande impacto nos resultados do tratamento do câncer pediátrico. A LLA representa 25% dos casos de câncer em crianças. “

Para combater a LLA, é fundamental entrar com a L-asparaginase no primeiro mês. Caso isso não ocorra, os resultados do tratamento podem ser comprometidos, interferindo nas chances de cura”, afirma Maria Lucia.

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Desinteresse

Na opinião do presidente da Sboc (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), Anderson Silvestrini, existe pouco interesse comercial na droga. “O medicamento existe há 30 anos, o custo é baixo e, como a incidência não é tão alta, o consumo também é pequeno, o que leva a um desestímulo para que o laboratório continue produzindo.”

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O médico Carmino Antonio de Souza, presidente da ABHH, diz que a preocupação é antiga. “Como o Brasil não detém tecnologia e é muito dependente de importações, de fornecedores (às vezes há laboratórios que só envasam e vendem, mas não têm domínio da produção e da matéria-prima), fica muito vulnerável à falta esporádica ou definitiva de produtos na área de câncer”, disse Souza.

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