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Fiocruz mostra que 24 Estados e DF seguem com alta ocupação de UTI

Boletim do Observatório da Covi-19 aponta que 17 Estados e Distrito Federal têm taxa acima dos 90% de leitos ocupados

Saúde|

Falta de leitos de UTI segue sendo problema no Brasil
Falta de leitos de UTI segue sendo problema no Brasil Falta de leitos de UTI segue sendo problema no Brasil

Vinte e quatro Estados e o Distrito Federal mantêm a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19 acima de 80%, mostra um boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última terça-feira (30). Entre esses Estados, 17 e o DF têm taxa acima dos 90%, o que indica a continuidade da pressão causada pela doença sobre o sistema de saúde nacional.

A lista mostra que somente o Amazonas (76%) e Roraima (62%) têm uma taxa de ocupação de UTIs abaixo dos 80%. Pará (86%), Maranhão (88%), Paraíba (84%), Alagoas (86%), Sergipe (86%), Bahia (86%) e Rio de Janeiro (88%) estão abaixo dos 90%, mas acima dos 80%, o que configura um patamar crítico, segundo classificação da Fiocruz.

Um indicativo importante sobre a gravidade atual da pandemia está em São Paulo, aponta o relatório. O Estado conta com 111 municípios com estrutura hospitalar para o enfrentamento da doença, o que representa 26,4% das cidades do País com tal estrutura. A taxa de ocupação nas cidades paulistas está em 92%.

“Se Amazonas/Manaus com o colapso do seu sistema de saúde constituiu um alerta do que poderia ocorrer em outros Estados, a situação hoje de São Paulo/São Paulo é um alarme do quanto esta crise pode ser mais profunda e duradoura do que se imaginava até então”, explicaram os especialistas.

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A Fiocruz diz que a transmissão da covid-19 continuou apresentando aceleração no País ao longo da última semana, o que foi demonstrado por recordes nos casos confirmados e mortes decorrentes da doença. A maior quantidade de vítimas em 24 horas foi registrada nesta terça-feira, com 3.668 mortes. “A sobrecarga dos hospitais, principalmente observável pela ocupação de leitos de UTI, se mantém em níveis críticos”, reforça o relatório.

Os especialistas lembraram que medidas de restrição, como as adotadas nas últimas semanas por prefeituras e Estados, ainda não produziram efeitos significativos sobre a tendência de alta. “Esses indicadores sempre estão defasados no tempo e o crescimento do número de casos na última semana epidemiológica pode ser resultado de exposições ocorridas em meados de março”, esclarece o estudo.

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Contra o avanço da doença, os especialistas continuam a recomendar medidas em diferentes frentes. “Esforços para o fortalecimento da rede de serviços de saúde, incluindo os diferentes níveis de atenção, e mesmo a abertura de leitos de UTI são importantes. A vigilância, com ampla testagem, continua sendo um horizonte, embora até aqui muito aquém do que seria desejável. A aceleração da vacinação deve ser perseguida e perspectivas se abrem para maior disponibilização de vacinas e ampliação significativa da cobertura nos próximos meses”, apontam.

A necessidade de ampliar a adesão a medidas rigorosas para o controle e prevenção da doença se faz mandatória, acrescentam. “Medidas de bloqueio ou lockdown por períodos específicos, combinadas com outras de mitigação envolvendo o distanciamento físico e social, evitando aglomerações e a ampliação do uso máscaras adequadas de forma correta, continuarão sendo fundamentais até que se obtenha um controle da pandemia."

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