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Atenciosas, amorosas, preocupadas. Todas as mães nas fotografias têm estas características em comum. No entanto, outro ponto que é igual na personalidade delas é o fato de que suas demonstrações de zelo pelos filhos escondem um ímpeto sádico e assassino — elas são portadoras da síndrome de Münchausen por Procuração.
E, por causa disso, elas provocam e forjam doenças em suas crianças. Em busca de atenção para si próprias, fazem com que os filhos adoeçam e, se não são controladas a tempo, acabam levando-os à morte.
Conheça agora a história das nove mães Münchausen mais famosas do mundo
Problema mental leva mães a torturar filhos. Entenda o que é a Síndrome de Münchausen por ProcuraçãoMontagem R7
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Em um blog com papel de parede colorido, e com dizeres que proclamam que “a cura depende da coragem”, Lacey Spears costumava postar a rotina da doença misteriosa de seu filho pequeno, Garnett. Os textos, carregados de tristeza porém esperançosos, vinham sempre acompanhados de fotos do menino, que, segundo ela, sofria com sintomas graves e, por isso, precisava ser internado com frequência em vários hospitais diferentes
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Lacey, portadora da síndrome de Münchausen por Procuração, expôs Garnett a um prolongado sofrimento provocando sintomas no garoto. Em seus meses finais de vida, no começo de 2014, sofrendo em uma cama de hospital, o menino foi envenenado de maneira letal pela mãe, que colocou uma quantidade absurda de sal em sua sonda de alimentação. Garnett tinha apenas cinco anos
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Lacey foi conenada a 20 anos de prisão pelo assassinato do filho. A procuradora responsável pelo caso, Doreen Loyd, descreveu, durante o julgamento, como a mãe, além de envenenar o filho com sal, ainda o impediu de vomitar, fazendo-o sofrer com uma diarreia interminável. Loyd classificou a necessidade de Lacey de chamar atenção como “bizarra”.
— Ela usou a sonda como arma para matar o filho. Ele deveria estar na escola hoje, mas não está porque ela o matou. As ações dela foram desumanas, desprezíveis, malvadasReprodução
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Para tentar ajudar Lacey a escapar da sentença, os advogados de defesa da mãe alegaram que ela seria inocente, e que Garret teria morrido por negligência do hospital. A alegação foi ignorada pela justiça
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Sarah Rose Dillard-Lubin era uma bela e jovem mãe americana de 25 anos, com uma linda filha de dois meses de idade. Assim como acontece com a maioria dos pais no mundo, Sarah entrava em pânico todas as vezes que a menina tinha febre alta.
Um dia, ao dar entrada no hospital, os médicos notaram que não havia qualquer indício de doença que justificasse o sintoma, então decidiram manter a bebê internada sob observação. Durante este período, uma enfermeira entrou no quarto e se deparou com a menina sem conseguir respirar, com pulso baixo, enquanto sua mãe dormia na cadeira ao lado do berço.
Após diversos exames, a causa do problema foi identificada: opiáceosReprodução
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Foi descoberto que a mãe colocava morfina na mamadeira da filha. Tudo para chamar a atenção do pai da criança. E esta não era a primeira vez que Sarah apelava para este tipo de truque: enquanto envenenava a filha no hospital, Sarah na verdade estava em liberdade condicional por ter envenenado seu outro filho, de dez meses, alguns anos antes.
Atualmente, as duas crianças vivem sob custódia do estadoReprodução
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Blanca Montano, mãe de duas crianças, sempre se preocupou muito quando um dos dois aparecia com o menor sinal de uma gripe. Enquanto seu menino sempre se recuperava rápido de qualquer problema de saúde que tivesse, a menina, no entanto, tem um organismo mais fraco, e volta e meia enfrenta dificuldades.
A garotinha chegou a ser identificada com nove diferentes e graves infecções sem causa aparente. Embora Blanca se mostrasse preocupada, a enfermagem dos hospitais em que sua filha foi internada notavam que o estado de saúde da menina sempre piorava a cada vez que a mãe a visitava.
Foi assim que se decidiu colocar câmeras escondidas no quarto da pequena paciente. E foi assim, finalmente, que se descobriu que a mãe cobria a menina com cobertores e, por baixo deles, realizava condutas inadequadas à saúde da filha, como, por exemplo, injetar substâncias em sua veia para fazê-la adoecer.
Atualmente, Blanca aguarda julgamentoReprodução
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Waneta Hoyt se casou com Tim Hoyt quando tinha apenas 18 anos. Quatro anos depois, o casal enterrava seu primeiro filho, que à época tinha pouco mais de dois anos de idade. Esta, aliás, é uma marca que nenhum dos outros quatro filhos de Waneta e Tim conseguiu atingir — todos morreram antes mesmo de completar 12 meses de vida.
Eric nasceu em outubro de 1964, e morreu em janeiro de 1965. Julie nasceu em julho, e morreu em setembro de 1968. Molly nasceu em março, e morreu em junho de 1970. E Noah nasceu em maio, e morreu em julho de 1971Reprodução
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Por mais de 20 anos, se acreditou que a causa de óbito dos bebês tivesse sido morte súbita. No entanto, muitos tempo depois da morte de seu último filho, o casal adotou outra criança, Jay, que permaneceu saudável até completar 17 anos e ver sua mãe finalmente ser presa, acusada pela morte de seus irmãos
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Um garotinho de quatro anos sofre em uma cama de hospital. Sua mãe permanece ao seu lado dia e noite, segurando sua mãe e sussurrando palavras de amor e incentivo em seu ouvido. Enquanto o menino sofre ao ser submetido a intermináveis e invasivos exames, ela chora, mas nunca perde a esperança. Não é de se surpreender que a equipe de enfermeiros e médicos entenda que esta mãe é muito carinhosa e presente.
No entanto, a única coisa que dá prazer a Julie Ann Hardin é injetar solução salina nas veias de seu filho internado. O choro e os gemidos de dor do garoto a fazem se sentir recompensada. A atenção e cuidados da equipe do hospital, amigos e familiares alimentam sua satisfação.
A americana descendente de libaneses Julie, de 38 anos, portadora da síndrome de Münchausen, aguarda julgamento sobre o caso. Esta não foi a única vez que ela agiu desta maneira. Um outro filho seu, Gabriel, de 15 meses, também morreu em circunstâncias suspeitas em 1995Reprodução
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Vinte anos atrás, Katy Bush ganhou as manchetes mundiais ao ser presa, acusada de fazer com que sua filha de nove anos, Jennifer, ficasse doente de propósito, apenas para chamar atenção para si própria. No processo, os advogados apontavam que havia algo de errado com uma criança que havia sido hospitalizada mais de 200 vezes entre os dois e oito anos de idade, a fim de passar por 40 cirurgias, a maioria delas considerada desnecessária pelo corpo médico — há, no relatório, por exemplo, o registro da remoção do apêndice e da vesícula
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Ao todo, a menina passou 640 dias internada ao longo de seis anos. Jennifer foi tirada dos pais no mesmo dia em que Kathy foi presa por abuso infantil, em um caso que mobilizou os Estados Unidos. Embora tivesse todos os sintomas clássicos da síndrome de Münchausen por Procuração, a mãe nunca recebeu oficialmente o diagnóstico da corte. Jennifer viveu em abrigos até os 18 anos, e sua Kathy foi sentenciada a cinco anos de prisão. Hoje, as duas se reencontraram e, depois de a filha garantir que nunca foi abusada pela mãe, ambas vivem em bairros próximos no estado americano da Georgia
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Seis ressonâncias magnéticas com anestesia, coleta de líquor da espinha, ecocardiogramas, tomografias computadorizadas, exames de urina com sondagem e sessões de fisioterapia. Esta é a extensa lista de procedimentos médicos desnecessários aos quais uma menina de seis anos foi obrigada a se submeter. Tudo porque sua mãe, Victoria Lee, de 38 anos, jurava que ela estava doente.
De acordo com a advogada de acusação, Sarah McAmis, estes exames seria “dolorosos para qualquer adulto”.
— Você convence uma criança de que ela tem um problema. É um ser que não tem controle algum sobre sua própria condição, e nenhum tipo de possibilidade de escapar disso. É horrível e muito triste saber de tudo que esta garota passou.
O caso aconteceu em 2013, nos Estados Unidos, e Victoria foi condenadaReprodução
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Todas as vezes em que seu filho Mathew era internado, Tanya Reid parecia se sentir em casa no ambiente hospitalar: tranquila, sentada ao lado da cama, não aparentava qualquer tipo de desespero pelo lastimável estado de saúde do menino. Na última vez que ele foi admitido para tratamento de suas constantes paradas respiratórias, os dois chegaram de ambulância depois de a mãe telefonar para o serviço de emergência pedindo ajuda. E a rotina nas outras inúmeras internações, aliás, sempre foi esta: apenas a mãe presenciava as convulsões e sufocamentos da criança, ninguém mais.
No entanto, desta vez, uma das enfermeiras notou algo estranho no pequeno paciente. Seu rosto tinha hematomas perto das orelhas, o que poderia denotar asfixia intencional. Os médicos, então, chamaram a polícia, que descobriu que a irmã menor de Mathew, Morgan, havia vivido apenas até os nove meses de idade, quando supostamente sofreu uma morte súbita.
Depois de afastado de sua mãe, Mathew se recuperou rapidamente. Ele e a irmã mais velha, Kimberly, hoje moram com o pai, no Mississipi. Tanya, por sua vez, foi condenada a 40 anos de prisão pela morte de Morgan. Em 2008, ela conseguiu sair da cadeia em liberdade condicionalReprodução
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Marybeth Roe nasceu em uma pequena cidade perto de Nova York, e durante muitos anos sofreu abusos físicos do pai. Cresceu depressiva, trabalhou em empregos de pouco destaque, até que conseguiu uma posição no corpo de enfermagem de um hospital. Aos 21 anos, amigos marcaram um encontro às cegas dela com um homem chamado Joe Tinning – os dois se casaram poucos meses depois
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A primeira filha do casal, Barbara, nasceu em 1967. Em janeiro de 1970, nasceu Joseph Jr, e, em dezembro de 1971, nasceu Jennifer. A menina, no entanto, morreu com oito dias de vida, de meningite hemorrágica e múltiplos abscessos cerebrais. Apenas 17 dias depois da morte de Jennifer, seu irmão, Joseph Jr, de dois anos, foi levado pela mãe à emergência do hospital, onde acabou morrendo. A causa foi identificada como parada cardiorrespiratória
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Algumas semanas depois da morte de seus dois irmãos, a pequena Barbara começou a ter convulsões e Marybeth a levou ao hospital. No dia seguinte, ela também morreu, depois de passar algumas horas em coma. A causa da morte foi supostamente síndrome de Reye
Montagem R7
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Em 1973, durante o feriado de Ação de Graças, Marybeth deu à luz Timothy. Um mês depois, ele foi levado ao mesmo hospital em que seus irmãos haviam falecido pouco tempo antes. Timothy chegou morto à emergência. Sua mãe disse aos médicos que o encontrou sem vida no berço, e, então, sua morte foi atribuída à causa comum de morte súbita de recém-nascido
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Em março de 1975, o quinto filho do casal, Nathan, nasceu. Na primavera do mesmo ano, ele morreu em um acidente do carro que sua mãe dirigia. Em agosto de 1978, Marybeth e Joe adotaram um menino, Michael, que tinha à época poucos meses de vida. Um ano depois, nasceu Mary Frances, sexta filha do casal. Quando a menina tinha apenas três meses de vida, sua mãe correu com ela para o hospital com queixas de que a meninas estava sofrendo convulsões.
Os médicos conseguiram ressuscitá-la, mas, um mês depois, Marybeth voltou à mesma emergência — desta vez o relato era de que Mary Frances havia sofrido uma parada cardíaca. A menina morreu dois dias depoisReprodução
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No outono daquele mesmo ano, o oitavo filho da família, Jonathan, nasceu. Ele morreu com poucos meses de vida, em março de 1980, depois de ser mantido por quatro semanas na UTI
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Um ano depois, Marybeth levou Michael, o filho adotado do casal, à emergência, dizendo que ele havia caído da escada. A família voltou para casa. Poucos meses depois, voltaram ao hospital com a queixa de que não conseguiam fazê-lo acordar. Michael estava morto
Montagem R7
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Em agosto de 1985, nasceu Tami Lynne. Em dezembro do mesmo ano, ela morreu por sufocamento. Neste mesmo dia, a família recebeu a visita de assistentes sociais e da polícia, que resolveu investigar a morte da menina
Montagem R7
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Marybeth, talvez uma das mais famosas portadoras da síndrome de Münchausen por Procuração do mundo, foi condenada a 20 anos de prisão em 1987 depois que foi comprovado seu envolvimento na morte de Tami Lynne, a última de suas filhas a morrer.
Ela também foi declarada suspeita na morte de outros sete de seus oito filhos, ao longo de 14 anos. Em depoimento oficial, Marybeth, hoje com 70 anos, declarou que sempre foi "uma pessoa perturbada”
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