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A automedicação tem sido uma prática corriqueira entre os brasileiros. Os remédios mais procurados em geral têm ligações com doenças comuns. Veja a seguir os remédios mais utilizados sem a orientação médica!
Texto: Eugenio Goussinsky, do R7
Remédios para curar a ressaca podem ser perigososDaia Oliver/R7
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Segundo Paulo Rosenbaum, da equipe de endocrinologia do Hospital Albert Einstein, a lista é liderada por anti-inflamatórios, analgésicos, ansioliticos e remédios para emagrecer. O anti-inflamatório busca amenizar reações infecciosas, atenuando sintomas da inflamação como ardência, dor, vermelhidão e calor
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Os anti-inflamatórios esteróides são procurados por pacientes com asma ou doenças autoimunes, como a herpes zoster. Os não esteróides, para alívio de dores decorrentes de contusões e artrite. O uso indevido pode gerar problemas sérios em órgãos como fígado e rins, causando gastrite, úlcera e insuficiência renal, entre outros
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Dores de cabeça decorrentes de cefaleia (uma das formas da enxaqueca) causam enormes transtornos para os pacientes, que, muitas vezes, se desesperam na busca de uma solução e deixam de consultar o médico, recorrendo exageradamente aos analgésicos
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Este tipo de medicamento bloqueia ou ameniza a transmissão entre as vias nervosas, atenuando, em geral, o incômodo. Entre os esteróides e não esteróides se incluem os salicilatos, narcóticos tais como morfina e tramadol e demerol, drogas sintéticas com propriedades narcóticas. Há também analgésicos do tipo antidepressivo tricíclico e os anti-convulsão
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Muitos são os efeitos colaterais causados por estes medicamentos, que vão desde gastrites a hepatites, causando também dependência química
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Rosenbaum alerta que o uso excessivo do paracetamol, outro analgésico, tem causado problemas nos Estados Unidos
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— O abuso na utilização deste medicamento nos Estados Unidos, é a maior causa de insuficiência hepática fulminante.
Por causa disso, o país tem quebrado recordes de cirrose hepática e de transplantes de fígado em função de hepatites medicamentosasReprodução/Facebook
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Os ansiolíticos, ou tranquilizantes, também fazem parte desta lista. Procurados para acalmar a ansiedade, eles mesmos são resultantes da ansiedade dos pacientes. Utilizados inadequadamente são propensos a causar dependência, deixando os pacientes extremamente irritados quando não ingerem o medicamento
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Têm seu efeito potencializado com o álcool, podendo até levar ao estado de coma. Também trazem sonolência e aumentam a probabilidade de acidentes automobilísticos. Dificultam o aprendizado e diminuem a concentração
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As mulheres obcecadas em emagrecer precisam estar atentas para efeitos danosos do uso de remédios de emagrecimento sem orientação adequada. Os anoréticos podem causar a famosa anorexia (rejeição do alimento e aceleração do metabolismo). Os sacietógenos também reduzem a fome e trazem uma agitação intensa
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Já os inibidores da enzima lipase promovem uma aceleração da evacuação, que pode ser perigosa caso não seja controlada. Há casos de perda de muitos quilos em poucos meses, deixando o usuário vulnerável a doenças como anemia e baixa imunidade
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Antibióticos e remédios contra a impotência também são bastante procurados para a automedicação. Os antibióticos podem causar resistência a bactérias e microrganismos e os que combatem a impotência podem causar dor de cabeça, vermelhidão e visão embaçada. Cardíacos correm maior risco de infarto, caso não procurem um urologista para orientá-los, atitude que deve ser tomada por todos os usuários deste medicamento (sildenafil)
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A farmacêutica Alaíde dos Santos Rodrigues, da diretora da Associação Brasileira de Farmacêuticos, alerta para cuidados em relação a reações a medicamentos nunca ingeridos antes pelo usuário, que podem até causar choques no organismo e levar à morte.
— É sempre importante a pessoa saber sobre reações alérgicas, ler a bula e também consultar o farmacêutico no momento da compra, mesmo de um medicamento que não exige receitaReprodução/Facebook
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Estes medicamentos que não exigem receita estão na lista dos isentos de prescrição, estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária a partir de 2003. Mas a própria agência alerta que o uso deve ser consciente e feito de maneira adequada, buscando o alívio de um sintoma que, se persistir, exigirá a orientação médica. Nos Estados Unidos também há os remédios isentos de prescrição, os chamados OTC (Over de Counter, ou no balcão)
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Muitas cidades brasileiras contam com um CCI (Centro de Controle de Intoxicações), geralmente ligado a um município ou instituição como universidade. Eles podem ser um complemento do serviço de saúde, apesar de ainda não estarem incorporados a ele, conforme afirma a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner, do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas)
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O serviço de cada CCI é feito por telefone, em plantão 24 horas. Podem consultá-lo tanto profissionais em busca de um diagnóstico quanto a população que necessita de orientação sobre primeiros socorros em casos como o de intoxicação medicamentosa
Reprodução/site Fac. Ciências Médicas Unicamp