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Apesar de não ser algo muito comum na vida das pessoas, a biópsia é um procedimento extremamente comum na prática médica. No entanto, uma grande parcela dos pacientes nutre certo temor na hora de fazer o exame, pois imagina que seja dolorido, traga riscos à saúde ou que sua solicitação esteja sempre associada à suspeita de alguma doença grave. Mas não é bem assim. Veja a seguir!
Reprodução/ Youtube
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Médica patologista e diretora da SBP (Sociedade Brasileira de Patologia), Gerusa Biagione, explica que a biópsia é parte importante do processo de investigação de uma doença, e possibilita o diagnóstico de possíveis alterações no corpo do paciente, além de fornecer informações que contribuem para a escolha dos tratamentos mais adequados
Reuters
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Conheça nas próximas fotos os 10 principais fatos sobre a biópsia que todo paciente deveria saber
Getty Images
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A solicitação de uma biópsia não significa suspeita de câncer
Grande parte dos pacientes fica assustada quando o médico pede esse tipo de exame, imaginando que a solicitação só ocorre quando existe uma suspeita da doença. Entretanto, muitas outras alterações menos graves também podem ser diagnosticadas pela biópsia — dentre elas doenças de pele, como a dermatiteGetty Images
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A biópsia não precisa de um anestesia geral para ser realizada
Esse tipo de sedativo só é usado quando a coleta de material precisa ser feita em uma cirurgia. Na maioria dos casos, contudo, essa retirada é mais simples, sendo feita dentro do próprio consultório médico, por meio de procedimentos ambulatoriaisThinkstock
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A biópsia não é um procedimento dolorido
O nível de dor é relativo, dependendo do órgão e do local a ser biopsiado. Em alguns casos, pode ser necessária anestesia local, enquanto nos procedimentos mais simples, não há dor algumaThinkstock
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A biópsia de medula óssea não é perigosa
Esse é um procedimento simples que é encarado com terror por muitos pacientes. A obtenção de material da medula óssea apenas requer alguns cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar, como a assepsia. Ainda assim, a retirada não representa riscos à saúde do pacienteReprodução/TV Record Brasília
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5A biópsia sozinha não é o suficiente para diagnosticar o tipo de câncer e fornecer seu prognóstico
O exame de uma amostra de tecido é parte importante da investigação de uma doença. Ainda assim, a investigação completa inclui o exame clínico, além de exames de sangue, imagem e até outras biópsias, sempre que houver necessidade para o esclarecimento do diagnósticoReprodução/BBC Brasil
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O tamanho e o local de onde a amostra foi retirada são importantes
Os patologistas estudam seis anos de medicina e pelo menos três de residência e especialização para conseguir avaliar tipos diferentes de tecidos com base nas imagens do microscópio. Para tanto, a amostra deve ser grande o suficiente para ser analisada.
Outro fator importante é o local de onde a biópsia é retirada — a amostra deve ser obtida do ponto exato onde as alterações celulares e do tecido vão fornecer as informações que poderão gerar um diagnóstico precisoBBC
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O tempo para chegar a um diagnóstico pode variar
O tempo até a emissão do laudo é influenciado por fatores como o tipo de amostra a ser analisada e até a disponibilidade de serviços de patologia no hospital ou clínica. Como esse material precisa chegar até o microscópio do patologista para ser analisado, o período pode variar muito de acordo com a região, o estado ou a qualidade do serviço médicoThinkstock
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O patologista deve garantir que a amostra utilizada é correta para o melhor diagnóstico possível
Como os fragmentos de órgãos e tecidos são seu instrumento de trabalho, o profissional deve avaliar as amostras com atenção e cuidar de sua preservação.
Mais do que utilizar a biópsia para diagnosticar o câncer, o patologista pode usar a mesma amostra para identificar outros fatores que podem influenciar no tratamento e na recuperação do paciente, como alterações genéticas que podem gerar o desenvolvimento de tumoresThinkstock
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Sua biópsia é guardada em segurança para ajudar em tratamentos futuros
Os laboratórios são obrigados, por lei, a guardar as amostras das biópsias por um determinado período de tempo. Esse material é valioso porque fornece informações relevantes sobre tumores primários, ajudando a identificar, por exemplo, se outras manifestações cancerígenas são reincidências da primeira lesão ou se são um novo câncer.
O paciente ainda pode dar autorização para que essas amostras sejam incluídas em bancos de tumores ou outras pesquisas científicasReprodução/Fiocruz
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Todo diagnóstico tem por trás de si um processo quase artesanal
Para emitir seu laudo, o patologista precisa analisar as amostras minuciosamente no microscópio. Longe de ser um diagnóstico automatizado impresso rapidamente por uma máquina, ele leva tempo e envolve etapas como exame da amostra a olho nu, processos químicos para preservação e coloração dos tecidos e de corte para que as lâminas fiquem prontas para serem analisadas.
Depois disso, o especialista utiliza anos de experiência e estudo para comparar as imagens obtidas para emitir seu parecer. Só assim ele consegue indicar qual é a doença em questão, seu estágio e a melhor conduta terapêutica que o restante da equipe médica deve utilizarReprodução/ BBC