O pediatra Marco Aurélio Safadi, presidente do Departamento de Imunização da Sociedade Paulista de Pediatria, afirma que o bebê deve sair da maternidade com duas vacinas: a de hepatite B, aplicada nas primeiras 12 horas de vida e aplicada na coxa, e a BCG, contra tuberculose, administrada antes da alta do bebê, sendo aplicada no braço. A BCG é dose única e a hepatite B conta com mais duas doses, aos 2 e 6 meses. Essas vacinas deveriam fazer parte da rotina das maternidades, mas nem sempre são oferecidas. Elas são disponibilizadas de forma gratuita na rede pública
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Vale checar se o recém-nascido recebeu essas duas vacinas antes de sair da maternidade. Caso não tenha recebido, o médico orienta a levá-lo a um posto de saúde para tomar esses imunizantes. "Um bebê não deve visitar lugares públicos à toa. Mas, nesse caso, em hipótese alguma a vacina deve ser adiada", ressalta. Em relação aos testes genéticos ampliados, além dos obrigatórios, como o do pezinho, e a preservação do cordão umbilical, oferecidos pelas maternidades como serviços pagos, ele afirma não serem necessários
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Aos 2 meses, chega o momento de o bebê receber cinco vacinas: rotavírus, pneumocócica conjugada, meningocócica, pentavalente (protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B) e a de poliomielite. O pediatra lembra que a vacina da pólio não é mais a gotinha, mas sim injetável. Ela deverá ser repetida aos 4 meses e aos 5 anos. A vacina pentavalente estava em falta em diversos Estados brasileiros. O médico define essa situação como dramática que exige medidas urgentes. "É indicado
buscar alternativa na rede privada para não fragilizar a criança", afirma
Bebê Mamãe
Aos 4 meses é o momento da segunda dose dessas cinco vacinas. Aos 6 meses, será a vez da terceira dose da pentavalente e da poliomielite. Já aos 9 meses é recomendada a vacina da febre amarela, de acordo com o pediatra
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Devido à epidemia de sarampo no Brasil, está sendo administrada a chamada dose zero, aplicada entre 6 e 11 meses de vida. Essa dose não exclui as outras duas doses da vacina, aos 12 e 15 meses. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba
Divulgação/Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro
Aos 12 meses, é a vez da primeira dose da tríplice viral e reforço da pneumocócica 10 Valente (conjugada) e da Meningocócica C (conjugada), segundo o Ministério da Saúde. Todas as vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS