Foram dez longos anos, bem maiores do que os cabelos perdidos neste período, mas Ruth Sweet, de 25 anos, finalmente superou uma doença baseada na compulsão por arrancar fios do próprio couro cabeludo
Reprodução/ The Sun
Ela chegou a ficar careca, apenas tirando seus fios de cabelo, em patologia denominada tricotilomania. E só se casou depois que seu cabelo voltou ao normal, sendo, inclusive, um componente vistoso e atraente na nova aparência de Ruth
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O diagnóstico de tricotilomania ocorreu quando ela tinha 14 anos. A doença, que ainda não tem cura, é baseada em situações de angústia que buscam um desafogo. Também pode se direcionar aos cílios e sobrancelhas. Ruth conta que a adquiriu após o divórcio dos pais. As informações são do The Sun
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Está se cogitando a possibilidade de a causa ser essencialmente genética, segundo especialistas. Mas há correntes que atribuem a doença a um sinal de problema de saúde mental, ou até mesmo uma forma de automutilação
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Após esse tipo de vício tâ-la feito ficar careca, uma onda de um outro tipo de angústia a envolveu: a da culpa e da vergonha, como ocorre com muitas meninas. A patologia costuma ser mais comum em mulheres jovens e adolescentes do sexo feminino. A recomendação é para que, quando há suspeitas, a pessoa procure ajuda médica. O tratamento pode ser com base em psicoterapia ou uso de medicamento, se necessário
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Ruth conta que isso causava até ferimentos em sua cabeça:
— (Sem tratamento) Eu iria puxar vários cabelos de cada vez. Minha cabeça chegava a sangrar, e em seguida eu iria tentar manter a ferida, mas agora a malha me impede de puxar...As mulheres têm cerca de 150.000 fios na cabeça e acho que ao longo dos anos puxei cada um deles
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Ruth disse que antes do tratamento ela não conseguia parar de arrancar o próprio cabelo. — Antes eu não ia comer ou parar de arrancar até que eu tivesse puxado o fio de cabelo exato, que tinha que ser grosso e crespo e ter uma raiz grande no final
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Diante da repulsa contra seu próprio visual, ela se recusou, naquele estado, a casar-se com seu amor de infância, Josh Sweet. Submeteu-se, enfim, a um tratamento pioneiro e, só depois do resultado garantido, subiu ao altar com um sorriso radiante e uma cabeça repleta de cabelos
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Para tanto, a jovem, de Leicestershire, Inglaterra, se embrenhou em resolver seu problema e, com o tratamento pioneiro, gastou R$ 8 mil, já que o Sistema Nacional de Saúde não cobriu seus gastos, mas finalmente pode se orgulhar ao ver os cabelos dourado escorrendo por seus ombros. Foi uma saída, ainda que momentânea, já que a questões fisiológicas e emocionais precisarão ser tratadas em algum momento
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Acontece que a vergonha de Ruth era tanta que ela se disfarçava. Tão bem que nem seu namorado descobriu cedo tal situação. Ocorreu somente no terceiro ano do relacionamento que já dura cinco anos. Ele a apoiou e ela resolveu compartilhar sua história para se tornar referência diante de mulheres nessa condição
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Depois do tratamento, ela é só comemoração: — Eu me senti como uma nova mulher quando olhei no espelho no dia do nosso casamento, foi o melhor dia da minha vida
O tratamento utilizado por Ruth foi o Interlace System (sistema de entrelaçamento), em que o couro cabeludo é coberto com uma espécie de malha acoplada a cabelos humanos, que cobre a região e impede que o paciente tenha acesso aos próprios fios quando tenta arrancá-los