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A disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual, atinge em algum grau cerca de 50% dos brasileiros acima dos 40 anos. No entanto, muitas mulheres e homens ainda têm dúvidas sobre o problema, que cresce anualmente em todo o mundo e possui estreita relação com problemas de saúde, como o diabetes e doenças cardiovasculares.
Para esclarecer os principais questionamentos sobre o assunto, os urologistas da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) Archimedes Nardozza e Antonio de Moraes listaram o que é mito e o que é verdade sobre o assunto. Veja a seguir!Getty Images
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Ter dificuldade de alcançar e manter ereção, esporadicamente ou em raras situações, é um indício de que o homem tem disfunção erétil?
Mito. O fato de o homem eventualmente “falhar na hora H” não significa que tenha disfunção erétil ou impotência sexual. A doença pode estar presente quando há total incapacidade ou inconsistência para se atingir uma ereção ou a tendência de manter apenas ereções curtasThinkctock
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O homem desenvolve a disfunção erétil basicamente por causa do estresse da vida moderna e da ansiedade cada vez mais presente nas pessoas?
Mito. Moraes explica que a disfunção erétil é uma doença de causas múltiplas. Pode estar associada a problemas de ordem psicológica, tais como ansiedade, depressão, fadiga, culpa, estresse, crise de relacionamento, expectativa sobre o desempenho sexual, entre outras. Mas a ereção pode ser afetada por questões físicas, como diabetes e doenças cardiovasculares. A disfunção erétil também pode estar relacionada ao alcoolismo, tabagismo e outros distúrbios sexuais, como a ejaculação precoce, diminuição de libido e até mesmo a doença de Peyronie, que é a curvatura acentuada do pênisGetty Images
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Não conseguir manter a ereção após a primeira ejaculação é um sinal de disfunção erétil?
Mito. Do ponto de vista clínico, quando se consegue alcançar e manter uma ereção firme suficiente para a penetração e para a sustentação da relação sexual até o final, a probabilidade de o homem ter o problema é pequena. O tempo necessário para obter uma nova ereção varia de homem para homem e não há um período definido como normal. De qualquer forma, fatores emocionais podem interferir, por isso é importante observar o desempenho e procurar a avaliação completa de um urologistaThinkstock
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No Brasil, os sistemas de saúde garantem a cobertura de todos os tratamentos disponíveis para disfunção erétil?
Mito. O SUS (Sistema Único de Saúde) distribui gratuitamente a substância sildenafila, na forma de comprimidos de 20, 25 e 50 gramas. A rede pública também cobre a realização da cirurgia para implante da prótese peniana semirrígida. Porém, existem procedimentos não cobertos. De acordo com os médicos, nenhuma medicação, seja oral ou injetável, é oferecida pela saúde suplementar, os planos de saúde só cobrem a cirurgia para implante da prótese semirrígida. O SUS e os planos de saúde não garantem cobertura de bombas a vácuo, supositórios, injetáveis e implantes infláveisGetty Images
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Os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico retomam normalmente à atividade sexual em curto prazo?
Os urologistas afirmam que, independentemente do tipo de prótese implantada, cada paciente se restabelece da cirurgia de uma forma diferente, mas o tempo médio de recuperação varia de quatro a seis semanas e da retomada da vida sexual de quatro a oito semanas. Algumas atividades precisarão ser suspensas durante esse período, especialmente as relações sexuais, e é o médico quem definirá o que poderá ou não ser feito nesse tempo. Seguindo à risca as orientações, a saúde sexual será retomada de forma mais rápidaGetty Images