Insetos, sangue e fezes podem não parecer particularmente apetitosos, mas estão entre os produtos que devemos considerar comer se quisermos que nossos alimentos sejam sustentáveis e saudáveis, de acordo com uma equipe de chefs e cientistas da Dinamarca
Reprodução/ The Independent
Montado em um barco na capital dinamarquesa de Copenhague, em 2008, pelo chef René Redzepi e pelo empresário Claus Mayer, o Nordic Food Lab tem o objetivo de "entender melhor os sabores e o potencial gastronômico da Escandinávia"
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No entanto, em quase uma década seus pesquisadores estão viajando pelo mundo e reunindo uma abordagem criativa para comer
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"Tentamos trabalhar com todos os tipos de produtos. Insetos, sangue, gelatinas, produtos fermentados que às vezes cheiram mal e desenvolvem mofo, e produtos que parecem podres ", explica Roberto Flore, chefe de pesquisa culinária e desenvolvimento do laboratório
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— Trata-se de dar às pessoas mais confiança com produtos diferentes e reconectá-las com o processo de produção dos alimentos
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— Um dos principais problemas com a sustentabilidade é que estamos completamente desligados dos alimentos. Não sabemos como os produtos são produzidos, nem como lidar com eles. Esse é um grande problema, e corremos o risco de perder o conhecimento coletado ao longo de milhares de anos nas próximas décadas. É importante para nós documentar esse conhecimento e torná-lo disponível para o mundo
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Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando em como tornar insetos comestíveis — como formigas e larvas — mais apetitosas para os não iniciados na arte de culinária alternativa
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Outras experiências têm explorado o sangue animal e suas propriedades coagulantes, que poderia ser usado como um substituto para o ovo. Na Europa, a intolerância ao alimento é comum entre as crianças
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— No momento, a gastronomia sustentável e de alta qualidade só está disponível para pessoas que estão em posição de comprar produtos de luxo. Queremos que a boa comida esteja disponível para todos. Esse é o nosso principal objetivo
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O chefe Roberto Flore admite que teve de transformar a maneira como ele encara os alimentos desde que começou a trabalhar no laboratório — mas afirma que suas viagens ao redor do mundo lhe deram uma nova perspectiva sobre o que é verdadeiramente comestível e o que não é
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— Abraçar outras culturas é um de nossos principais objetivos. Reconhecer os valores de outra pessoa sempre nos ensina algo e muda nossa abordagem em relação à alimentação. Estamos vivendo agora em um sistema internacional, e devemos nos reconhecer como cidadãos do mundo