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Uma menina de dois anos de idade pode morrer a qualquer momento por causa do excesso de veias que tem em uma de suas pernas. Cambree Hensley tem KTS (síndrome de Klippel-Trenaunay, na sigla em inglês), doença que faz com que a menina tenha duas vezes a quantidade de vasos sanguíneos de um adulto normal. O transtorno afeta uma em cada 100 mil pessoas no mundo, e estimula o desenvolvimento de veias, tecidos moles e ósseos. As informações são do portal de notícias britânico Daily Mail
Reprodução/PARealLife
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A pequena garotinha de Oklahama, nos Estados Unidos, sente fortes dores diariamente e o aumento do fluxo sanguíneo no corpo provoca inchaço em sua perna. Os médicos disseram aos pais de Cambree que a criança tem grandes chances de desenvolver um coágulo sanguíneo fatal, mas não sabem precisar quando nem como isso poderia acontecer.
Por causa da condição, a perna esquerda de Cambree é 6,5 cm maior do que a direita, o que faz com que a menina, muitas vezes, perca o equilíbrio e caia, pelo fato de o fluxo sanguíneo intenso deixar sua perna esquerda mais pesadaReprodução/PARealLife
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A mãe de Cambree Ashley, de 32 anos, afirmou que sente muito medo do que pode acontecer com sua filha.
— Eu sinto medo todos os dias, mas não posso deixar isso transparecer à minha filha. Preciso ser mãe, ser forte e mostrar a ela que tudo vai ficar bem. As pessoas olham estranho, questionam. Mas não me importo, ela ainda é o nosso anjo forte, adora dançar e andar por aíReprodução/PARealLife
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Poucos segundos depois do nascimento de Cambree, em Normal Regional Healthplex, Oklahoma, em agosto de 2013, os médicos perceberam que uma grande mancha cobria boa parte de sua perna esquerda. Sem saberem de suas implicações, os pais não se preocuparam, uma vez que acharam que era apenas uma marca de nascença
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No entanto, os médicos avisaram que a marca poderia significar algo mais grave. A mãe se desesperou e disse que o momento mais maravilhoso de sua vida, que foi segurar sua filha no colo, havia sido devastado pela notícia. Na manhã seguinte, Cambree foi examinada por médicos pediatras e por um dermatologista, que não consentiram sobre o diagnóstico — afinal a KTS é muito rara
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Quase uma semana depois, o pai de Cambree levou a menina a um hospital no Texas, a três horas de onde ela havia nascido. Lá, a menina foi examinada por um neurocirurgião, um médico geneticista e um hematologista, que observaram que a perna esquerda da menina era 6,3 cm maior do que a direita.
Foi quando Cambree foi diagnosticada com KTS, com oito dias de idade, e quando a família recebeu a notícia devastadora de que sua vida poderia estar em riscoReprodução/PARealLife
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A mãe da criança relembrou como foi o momento em que receberam o diagnóstico:
— Ficamos felizes por termos um diagnóstico, mas ficamos muito nervosos sobre a possibilidade de a filha vir a morrer.
A família logo recebeu bastante apoio de um grupo no Facebook, exclusivo de pessoas que sofrem da síndrome, e suas famílias. Por meio dele, descobriram o Hospital Infantil de Boston, em Massachussetts, que era muito recomendado para tratar a condiçãoReprodução/PARealLife
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Após dois meses de visitas e diálogos, cirurgiões fecharam uma das veias adicionais da perna de Cambree para tentar abrandar o fluxo de sangue. Em abril de 2015, a menina começou a ser monitorada por um ultra-som. Ela passou por um tratamento a laser para endurecer a pele na perna e escleroterapia para matar algumas veias menores.
Em setembro de 2015, ela voltou a ser submetida à terapia a laser, e passou por uma cirurgia para remover três veias extras e um par de coágulos sanguíneos não-vivos que ameaçavam sua vida. Seus pais criaram uma angariação de fundos para check-ups anuais em Boston e para que ela possa passar por uma nova cirurgia para fechar a veia adicional e reduzir suas chances de desenvolver um coágulo sanguíneo fatalReprodução/PARealLife