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Pai luta por tratamento na Alemanha para filho voltar a respirar e andar sozinho

Pedro Arthur, 11 anos de idade, contraiu meningite bacteriana ainda na infância

Saúde|Do R7

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Ainda na infância a trajetória de vida do pequeno mineiro de Contagem (MG) Pedro Arthur, 11 anos, mudou completamente. Após uma crise de sinusite, com um ano e meio de idade, o menino contraiu meningite bacteriana do tipo meningocócica C, que afetou sua medula e o fez perder todos os movimentos do corpo. Desde então, a batalha para sobreviver é árdua, pois Pedro depende totalmente de um aparelho para respirar. Ele só consegue mexer os olhos e se alimentar. Para entender a doença e ajudar a conscientizar outros pais sobre a importância da vacinação contra a meningite, o pai, Rodrigo Diniz, 40 anos, fundou em 2006 o Instituto Pedro Arthur — Brasil sem Meningite. Uma das vitórias alcançadas foi o governo federal ter incluído na rede pública de saúde a vacina contra a meningite C no calendário oficial de vacinação. Por meio do instituto, Diniz conseguiu recolher mais de um milhão de assinaturas em apoio à causa e pressionou as autoridades públicas. Na esperança de fazer o filho respirar e andar sozinho, o pai agora luta para conseguir arrecadar R$ 75 mil para conseguir pagar um tratamento feito por célula-tronco na Alemanha. A quantia necessária para despesas de passagem e estadia já foi doada por um empresário que se solidarizou com Pedro Arthur. Leia a seguir e conheça a história do pequeno lutador Pedro Arthur contada por seu pai!   Texto e entrevista: Fabiana Grillo e Vanessa Sulina, do R7
R7 — Como você descobriu que Pedro Arthur estava com meningite?  Rodrigo Diniz — Foi um susto muito grande porque tudo aconteceu muito rápido. Pedro estava jogando bola comigo num dia e no outro ele acordou com muita febre e vomitando. Ele chegou ir à escola, mas o diretor nos ligou para buscá-lo correndo, pois ele havia tido uma convulsão. Foi uma correria muito grande. Levamos para o hospital e Pedro teve novamente uma convulsão. Como a nuca dele estava rígida, logo, um médico residente já nos disse que meu filho deveria estar com meningite. O exame foi feito e constatou: meningite. Nunca pensamos que esta doença bateria na nossa porta!  Nova vacina contra a meningite chega ao Brasil em 2015 
R7 — Pedro passou sete meses no hospital. Como foram esses dias até a alta?  Rodrigo Diniz — Logo depois que Pedro foi internado, ele foi para UTI [Unidade de Tratamento Intensivo] onde ficou sete meses. A meningite foi devastadora e sua ação foi muito rápida. Em pouco tempo, a doença destruiu o cérebro de Pedro. Meu filho dependia 24 horas dos aparelhos para respirar, pois não tinha nem força muscular. A meningite estrangulou sua medula espinhal onde afeta a parte motora. Pedro passou 30 dias em coma. Só vinha notícia ruim, mas nunca perdemos a fé, buscávamos forças e as coisas foram entrando no lugar. Na sua alta, já começamos a usar o aparelho respiratório [chamado bipap], que “abre e fecha o pulmão” para que Pedro possa respirar 
R7 — Pedro Arthur não havia tomado a vacina, certo?  Rodrigo Diniz — Nós não fomos informados pelo pediatra que havia a vacina contra a meningite bacteriana do tipo meningocócica C na rede particular. Naquela época, o SUS não dava. Uma simples vacina poderia ter mudado a vida do meu filho, mas não lamentamos, sabe? Tudo tem um propósito
R7 — Quais foram as sequelas que a meningite deixou em Pedro Arthur?  Rodrigo Diniz — Pedro teve estrangulamento na parte da medula que afeta a parte motora, mas a parte cognitiva dele é perfeita. Hoje, aos 11 anos, ele tem boa sensibilidade do corpo, inclusive fazemos cócegas e ele sente, começa a querer abrir e fechar a perna....
R7 — Qual era o seu trabalho na época? O que ganhava era suficiente para pagar os gastos?  Rodrigo Diniz — Eu vendia casas de madeira e os gastos com o Pedro eram muito altos. Então, certo dia, no banco do hospital, comecei a desenhar uma camiseta com uma foto do Pedro e os dizeres “vacine seu filho, pois a meningite mata” e comecei a vender dentro do hospital. As pessoas ficaram tão vibrantes com a minha iniciativa que muita gente ajudou. Logo depois, consegui um novo emprego e recebi muitas doações 
R7 — Como surgiu a ideia de abrir um instituto?  Rodrigo Diniz — O instituto foi fundado em 2006. A ideia surgiu após minhas buscas sobre meningite. Na verdade, pensava que eu poderia ajudar o mundo todo e vi que ninguém trabalhava a questão da importância de se vacinar contra a meningite
R7 – Quais são os gastos com seu filho hoje? Rodrigo Diniz — Gasto, em média, R$ 8.000 com o Pedro. Ele tem transporte especial para ir à escola, usa fraldas, medicamentos especiais, tratamentos diversos, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudióloga e drenagem, além do plano de saúde. Ele usa o aparelho chamado bipap para respirar. Esse aparelho custa R$ 1.200 e a bateria de R$ 850 deve ser trocada a cada seis meses. Ele também usa uma cadeira especial que já não está mais suportando o peso dele. A cadeira custa R$ 7.800
R7 — Você está planejando levar Pedro para Alemanha para fazer um tratamento que poderá fazer ele voltar a andar? Rodrigo Diniz — Sim, na verdade há um tratamento feito na Alemanha com células-tronco que poderia fazer o Pedro voltar a respirar sozinho e até voltar a andar. No tratamento, os médicos retirariam células do próprio Pedro e injetariam na medula. Isso faria a medula se regenerar. É uma esperança. Já ganhei de um empresário as passagens e a estadia, porém preciso arrecadar R$ 75 mil para custear esse tratamento, que é realizado em 20 dias  Ajude Pedro Arthur a arrecadar o dinheiro do tratamento
R7 — Você tem outros filhos? Como é a relação deles com Pedro?  Rodrigo Diniz — Sim, a Julia, de sete anos, e o Bernardo, dois anos. Minha mulher, Gabriela,  a mãe do Pedro, sofreu dois abortos por carregar o Pedro para lá e para cá, mas isso nunca esmoreceu a gente. Os três se dão muito bem. É uma bagunça danada em casa, mas bagunça boa, sabe [risos]?
R7 — Como é a vida do seu filho hoje? Ele vai a escola?  Rodrigo Diniz — Pedro vai logo cedo de casa [6h30] para ir ao colégio. Ele está na 5ª série. Pago também uma pessoa que acompanha ele na escola, já que meu filho não pode escrever. Na parte da tarde, ele faz as atividades todas, como a fisioterapia e ele tem acompanhamento de quatro enfermeiras que nos ajudam 24 horas 
R7 — Pedro parece um menino bem alegre, mas tímido. Como é o seu filho?  Rodrigo Diniz — Pedro é muito carismático e espontâneo. Ele mostra no olhar que não temos que lamentar. Como se ele olhasse para mim e sempre pedisse para nós lutarmos por ele. Até quando meu coração pulsar, eu vou lutar por ele 
R7 — Você acredita que Pedro veio com propósito de ajudar outras pessoas? Rodrigo Diniz — Muitos casais quando estão diante de uma tragédia dessas se afastam. Eu e minha mulher pelo contrário. Fomos e somos muito unidos. Tudo que fazemos é para ajudar o Pedro e ele veio para salvar vidas, já tornou-se exemplo para muitas pessoas

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Ainda na infância a trajetória de vida do pequeno mineiro de Contagem (MG) Pedro Arthur, 11 anos, mudou completamente. Após uma crise de sinusite, com um ano e meio de idade, o menino contraiu meningite bacteriana do tipo meningocócica C, que afetou sua medula e o fez perder todos os movimentos do corpo. Desde então, a batalha para sobreviver é árdua, pois Pedro depende totalmente de um aparelho para respirar. Ele só consegue mexer os olhos e se alimentar. Para entender a doença e ajudar a conscientizar outros pais sobre a importância da vacinação contra a meningite, o pai, Rodrigo Diniz, 40 anos, fundou em 2006 o Instituto Pedro Arthur — Brasil sem Meningite. Uma das vitórias alcançadas foi o governo federal ter incluído na rede pública de saúde a vacina contra a meningite C no calendário oficial de vacinação. Por meio do instituto, Diniz conseguiu recolher mais de um milhão de assinaturas em apoio à causa e pressionou as autoridades públicas. Na esperança de fazer o filho respirar e andar sozinho, o pai agora luta para conseguir arrecadar R$ 75 mil para conseguir pagar um tratamento feito por célula-tronco na Alemanha. A quantia necessária para despesas de passagem e estadia já foi doada por um empresário que se solidarizou com Pedro Arthur. Leia a seguir e conheça a história do pequeno lutador Pedro Arthur contada por seu pai!   Texto e entrevista: Fabiana Grillo e Vanessa Sulina, do R7
R7 — Como você descobriu que Pedro Arthur estava com meningite?  Rodrigo Diniz — Foi um susto muito grande porque tudo aconteceu muito rápido. Pedro estava jogando bola comigo num dia e no outro ele acordou com muita febre e vomitando. Ele chegou ir à escola, mas o diretor nos ligou para buscá-lo correndo, pois ele havia tido uma convulsão. Foi uma correria muito grande. Levamos para o hospital e Pedro teve novamente uma convulsão. Como a nuca dele estava rígida, logo, um médico residente já nos disse que meu filho deveria estar com meningite. O exame foi feito e constatou: meningite. Nunca pensamos que esta doença bateria na nossa porta!  Nova vacina contra a meningite chega ao Brasil em 2015 
R7 — Pedro passou sete meses no hospital. Como foram esses dias até a alta?  Rodrigo Diniz — Logo depois que Pedro foi internado, ele foi para UTI [Unidade de Tratamento Intensivo] onde ficou sete meses. A meningite foi devastadora e sua ação foi muito rápida. Em pouco tempo, a doença destruiu o cérebro de Pedro. Meu filho dependia 24 horas dos aparelhos para respirar, pois não tinha nem força muscular. A meningite estrangulou sua medula espinhal onde afeta a parte motora. Pedro passou 30 dias em coma. Só vinha notícia ruim, mas nunca perdemos a fé, buscávamos forças e as coisas foram entrando no lugar. Na sua alta, já começamos a usar o aparelho respiratório [chamado bipap], que “abre e fecha o pulmão” para que Pedro possa respirar 
R7 — Pedro Arthur não havia tomado a vacina, certo?  Rodrigo Diniz — Nós não fomos informados pelo pediatra que havia a vacina contra a meningite bacteriana do tipo meningocócica C na rede particular. Naquela época, o SUS não dava. Uma simples vacina poderia ter mudado a vida do meu filho, mas não lamentamos, sabe? Tudo tem um propósito
R7 — Quais foram as sequelas que a meningite deixou em Pedro Arthur?  Rodrigo Diniz — Pedro teve estrangulamento na parte da medula que afeta a parte motora, mas a parte cognitiva dele é perfeita. Hoje, aos 11 anos, ele tem boa sensibilidade do corpo, inclusive fazemos cócegas e ele sente, começa a querer abrir e fechar a perna....
R7 — Qual era o seu trabalho na época? O que ganhava era suficiente para pagar os gastos?  Rodrigo Diniz — Eu vendia casas de madeira e os gastos com o Pedro eram muito altos. Então, certo dia, no banco do hospital, comecei a desenhar uma camiseta com uma foto do Pedro e os dizeres “vacine seu filho, pois a meningite mata” e comecei a vender dentro do hospital. As pessoas ficaram tão vibrantes com a minha iniciativa que muita gente ajudou. Logo depois, consegui um novo emprego e recebi muitas doações 
R7 — Como surgiu a ideia de abrir um instituto?  Rodrigo Diniz — O instituto foi fundado em 2006. A ideia surgiu após minhas buscas sobre meningite. Na verdade, pensava que eu poderia ajudar o mundo todo e vi que ninguém trabalhava a questão da importância de se vacinar contra a meningite
R7 – Quais são os gastos com seu filho hoje? Rodrigo Diniz — Gasto, em média, R$ 8.000 com o Pedro. Ele tem transporte especial para ir à escola, usa fraldas, medicamentos especiais, tratamentos diversos, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudióloga e drenagem, além do plano de saúde. Ele usa o aparelho chamado bipap para respirar. Esse aparelho custa R$ 1.200 e a bateria de R$ 850 deve ser trocada a cada seis meses. Ele também usa uma cadeira especial que já não está mais suportando o peso dele. A cadeira custa R$ 7.800
R7 — Você está planejando levar Pedro para Alemanha para fazer um tratamento que poderá fazer ele voltar a andar? Rodrigo Diniz — Sim, na verdade há um tratamento feito na Alemanha com células-tronco que poderia fazer o Pedro voltar a respirar sozinho e até voltar a andar. No tratamento, os médicos retirariam células do próprio Pedro e injetariam na medula. Isso faria a medula se regenerar. É uma esperança. Já ganhei de um empresário as passagens e a estadia, porém preciso arrecadar R$ 75 mil para custear esse tratamento, que é realizado em 20 dias  Ajude Pedro Arthur a arrecadar o dinheiro do tratamento
R7 — Você tem outros filhos? Como é a relação deles com Pedro?  Rodrigo Diniz — Sim, a Julia, de sete anos, e o Bernardo, dois anos. Minha mulher, Gabriela,  a mãe do Pedro, sofreu dois abortos por carregar o Pedro para lá e para cá, mas isso nunca esmoreceu a gente. Os três se dão muito bem. É uma bagunça danada em casa, mas bagunça boa, sabe [risos]?
R7 — Como é a vida do seu filho hoje? Ele vai a escola?  Rodrigo Diniz — Pedro vai logo cedo de casa [6h30] para ir ao colégio. Ele está na 5ª série. Pago também uma pessoa que acompanha ele na escola, já que meu filho não pode escrever. Na parte da tarde, ele faz as atividades todas, como a fisioterapia e ele tem acompanhamento de quatro enfermeiras que nos ajudam 24 horas 
R7 — Pedro parece um menino bem alegre, mas tímido. Como é o seu filho?  Rodrigo Diniz — Pedro é muito carismático e espontâneo. Ele mostra no olhar que não temos que lamentar. Como se ele olhasse para mim e sempre pedisse para nós lutarmos por ele. Até quando meu coração pulsar, eu vou lutar por ele 
R7 — Você acredita que Pedro veio com propósito de ajudar outras pessoas? Rodrigo Diniz — Muitos casais quando estão diante de uma tragédia dessas se afastam. Eu e minha mulher pelo contrário. Fomos e somos muito unidos. Tudo que fazemos é para ajudar o Pedro e ele veio para salvar vidas, já tornou-se exemplo para muitas pessoas

Ainda na infância a trajetória de vida do pequeno mineiro de Contagem (MG) Pedro Arthur, 11 anos, mudou completamente. Após uma crise de sinusite, com um ano e meio de idade, o menino contraiu meningite bacteriana do tipo meningocócica C, que afetou sua medula e o fez perder todos os movimentos do corpo. Desde então, a batalha para sobreviver é árdua, pois Pedro depende totalmente de um aparelho para respirar. Ele só consegue mexer os olhos e se alimentar. Para entender a doença e ajudar a conscientizar outros pais sobre a importância da vacinação contra a meningite, o pai, Rodrigo Diniz, 40 anos, fundou em 2006 o Instituto Pedro Arthur — Brasil sem Meningite. Uma das vitórias alcançadas foi o governo federal ter incluído na rede pública de saúde a vacina contra a meningite C no calendário oficial de vacinação. Por meio do instituto, Diniz conseguiu recolher mais de um milhão de assinaturas em apoio à causa e pressionou as autoridades públicas. Na esperança de fazer o filho respirar e andar sozinho, o pai agora luta para conseguir arrecadar R$ 75 mil para conseguir pagar um tratamento feito por célula-tronco na Alemanha. A quantia necessária para despesas de passagem e estadia já foi doada por um empresário que se solidarizou com Pedro Arthur. Leia a seguir e conheça a história do pequeno lutador Pedro Arthur contada por seu pai!   Texto e entrevista: Fabiana Grillo e Vanessa Sulina, do R7

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