Fumar até a idade avançada dobra as possibilidades de desenvolver demência senil, segundo um estudo realizado pela Universidade japonesa de Kyushu e publicado neste sábado pelo jornal "Asahi", explica o professor Tomoyuki Ohara, membro da equipe da universidade japonesa.
— Fumar pode causar envelhecimento do cérebro e esclerose arterial. E estes efeitos podem resultar em uma maior suscetibilidade à demência.
O estudo acompanhou durante 15 anos 712 pessoas de 65 anos ou mais na cidade japonesa de Hisayama, em Fukuoka. Em 1988, quando começaram a realizar os exames médicos, nenhuma das pessoas que se submeteram ao estudo, que tinham em média 72 anos, sofria nenhum tipo de demência. Mas a pesquisa detectou que 202 delas acabaram desenvolvendo a doença.
"Cheguei a fumar bituca de cigarro de dentro do cinzeiro”, diz ex-fumante
A equipe dividiu os 712 pacientes em três grupos — não fumantes, ex-fumantes e fumantes — e descobriram que a proporção de fumantes que desenvolveram demência era duas vezes maior em relação aos que não fumavam. Não foram encontradas diferenças significativas entre ex-fumantes e não fumantes, apontou o estudo.