Grávida pela terceira vez do príncipe Willian, a duquesa Kate Middleton está sofrendo de hiperêmese gravídica. A condição que provoca náuseas e vômitos e ocorre, principalmente, nos três primeiros meses de gestação. Se não tratada, a doença pode levar à perda do bebê. A princesa teve a mesma condição nas outras duas gestações.
Segundo a médica ginecologista obstetra de São Paulo Maria Elisa Noriler, a hiperêmese gravídica provoca náuseas e vômitos intensos — até cinco vezes por dia — podendo levar à desidratação. Além disso, a mulher pode ter perda de peso, pressão baixa e, em casos mais graves, até desmaios.
Geralmente, os sintomas ocorrem devido a uma reação a um corpo estranho em decorrência aos hormônios da placenta (o Beta HCG). Fatores emocionais também podem desencadear a condição: "Quando a mulher está passando por um momento estressante ou que a gestação não foi bem aceita por ela", explica a médica.
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Existem também alguns fatores de risco e algumas doenças, como hipertireoidismo e problemas na vesícula, que também podem desencadear a hiperêmese gravídica, diz Maria Elisa.
— Histórico familiar, hipertireoidismo, gestação em mulheres jovens, gestação de gêmeos, gestação molar e a hiperêmese gravídica prévia, quer dizer, paciente que já teve em gestações anteriores tem um risco maior te ter novamente. Gestantes que passam no início da gravidez por situações muito estressantes com o trabalho, família, mulheres que se cobram muito.
O quadro ocorre principalmente nos três primeiros meses de gravidez e pode durar toda a gestação, porém, com sintomas mais leves. O diagnóstico é clínico, ou seja, o médico analisa a perda de peso, a quantidade de vômitos da mulher e a desidratação.
A hiperêmese acomete cerca de 2% das mulheres, sendo mais comum em gestação de gêmeos e molar (quando ocorre má-formação do feto).
Como se trata?
O tratamento é feito com remédios que aliviam os sintomas da náusea. Além disso, a mulher deve manter uma alimentação leve alimentação leve, e evitar ingerir carboidratos e doces.
— Ela precisa fazer a reposição de líquidos, se hidratar. Em casos graves, é necessário internar a paciente. Em relação à alimentação, nós orientamos a comer coisas mais leves, evitar carboidrato, doces, dar preferência para proteínas mais secas [se for comer carnes, que seja sem molho], não exagerar em temperos, dar preferência a líquidos gelados, frutas, sucos, água de coco. Além disso, a alimentação tem que ser fracionada em pequenas porções a cada duas ou três horas, porque o jejum também piora a condição.
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Se não tratada, a doença pode levar à perda do bebê, afirma a ginecologista.
— Tem repercussão no feto, porque ela começa a ter baixa pressão sanguínea e abaixa tanto que ela começa a ficar com pulso cerebral, não oxigena direto, ela onde pode ter desmaios e até convulsão. Ela também pode ter uma má irrigação do saco gestacional e levar ao aborto em casos graves.
Prevenção
Não existe prevenção para a hiperêmese gravídica, mas controlar o emocional pode ser uma forma de ajudar a evitar náuseas severas.
— A forma mais aceita é controlar o emocional, engravidar em um período que ela planejou, estar em uma fase mais equilibrada na vida, não engravidar em uma época em que ela está estressada com o trabalho, pode desencadear, não é certeza. Tentar fazer atividades físicas, porque libera endorfina. E se engravidar e começar a ter os sintomas, nos orientamos que ela faça acupuntura, ioga, por exemplo.
* Colaborou Raquel Gamba, estagiária do R7