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Mães colocam bebês em risco ao viajar de avião nas últimas semanas da gravidez

Companhias aéreas costumam exigir atestado médico a partir do terceiro trimestre de gestação

Saúde|Do R7

Antes de voar grávida, confira as regras da companhia aérea
Antes de voar grávida, confira as regras da companhia aérea Antes de voar grávida, confira as regras da companhia aérea

A decisão de subir em um avião perto da data do parto, para dar à luz em território americano, pode acabar mal para a mãe e para o bebê. Mulheres que estão viajando a Miami para dar à luz, aproveitando que a Constituição americana garante a cidadania automática a todas as crianças nascidas no país, assumem um grande risco de que o bebê nasça prematuramente. Se não há nenhuma grande restrição em viajar de avião no primeiro e segundo trimestres de gestação (até 27ª semana), o mesmo não vale para as últimas semanas. 

No início da gravidez, desde que a gestante não tenha complicações médicas como sangramento vaginal, diabete, pressão alta ou não tenha tido um parto prematuro no passado, ela poderá embarcar sem medo. Entre a 28ª e as 36ª semanas, é possível viajar de avião, mas a maior parte das companhias aéreas têm restrições, devido ao risco de um parto prematuro. 

A mãe precisa ter bom senso para não se expor deliberadamente ao risco de um parto antes da hora, dentro de um avião. Tudo depende do objetivo, tempo de voo, tempo de permanência no destino desejado, data da volta para o local de origem e idade gestacional.

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De acordo com o coordenador do Núcleo de Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia do Hospital Samaritano, de São Paulo, Edilson Ogeda, não existe uma data fixa para impedir que as mulheres grávidas viajem de avião. De forma geral, uma gestante que foi avaliada previamente pelo seu obstetra, sem apresentar riscos gestacionais referentes à possibilidade de prematuridade ou doenças clínicas associadas, pode viajar de avião até a 32ª semana, desde que esteja de volta à sua cidade de origem até a 34ª ou aonde planeja ter seu filho. 

— Mesmo assim, existem casos em que a prematuridade pode ocorrer, mesmo que não haja nenhum indício clínico-obstétrico de que ela venha a ocorrer. Por isso, o tempo e a necessidade, somados ao bom senso, são fundamentais na decisão de ir ou não. Uma grávida de 34 semanas que precise visitar sua avó internada numa UTI em situação terminal e ela dependa apenas da ponte aérea para fazer isso, pode ser muito mais tranquilo do que uma mulher que viaje para fazer enxoval do bebê nos EUA com 32 semanas. Bom senso e prudência. Isso resume tudo. 

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Na hora de comprar a passagem, ninguém vai perguntar se a mulher está grávida. Mas ela poderá não passar no portão de embarque se aparecer por lá com um barrigão e sem autorização médica. É importante conferir antes qual é a política da empresa com a qual pretende viajar. Pode ser obrigatório apresentar um atestado médico. Em alguns casos, no fim da gestação, a partir de 36ª semana, só é permitido voar com a presença do médico ao lado da passageira grávida.

A TAM, por exemplo, informa que para garantir a segurança da mãe e do bebê exige alguns cuidados, que vão variar de acordo com o período da gestação, tipo (se é única ou múltipla) e histórico (com ou sem complicações médicas). Até a 27ª semana, se for uma só bebê, não há restrições. Entre 28 e 36 semanas, é preciso atestado médico. Acima de 36 semanas, além do atestado médico, a companhia exige o MEDIF (Medial Information Form). É preciso preencher um formulário fornecido pela TAM, que será avaliado pelo departamento médico da companhia aérea. Só então a passageira será informada se pode viajar e em quais condições.

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