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Marketing é receita para filantrópicas fecharem 'no azul'

Com eventos, Graacc arrecada R$ 38 milhões por ano em doações

Saúde|

Mais da metade da receita do Graacc vem de doações
Mais da metade da receita do Graacc vem de doações Mais da metade da receita do Graacc vem de doações

Se os repasses governamentais não são suficientes para manter as contas dos hospitais filantrópicos em dia, algumas entidades conseguiram melhorar as finanças e até trabalhar no azul criando estruturas de marketing especializadas em aumentar a arrecadação por meio de doações.

No Hospital do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), campanhas, eventos e ações promocionais garantem R$ 38 milhões por ano em doações, o equivalente a dois terços de toda a receita da unidade. No Hospital do Câncer de Barretos, shows com artistas famosos conseguem diminuir o déficit mensal. Na Santa Casa de Presidente Prudente, as obras de ampliação e reforma do hospital são feitas graças à caridade.

A busca por doações é uma das saídas encontradas pelas entidades filantrópicas para driblar o endividamento, cada vez mais comum nesse tipo de unidade. Na semana passada, o maior complexo hospitalar filantrópico da América Latina, a Santa Casa de São Paulo, fechou seu pronto-socorro por 30 horas por falta de recursos para a compra de materiais e medicamentos. A dívida da entidade já passa dos R$ 350 milhões.

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Com orçamento de R$ 1,3 bilhão, sua arrecadação anual com doações é de R$ 9 milhões, o equivalente a apenas 0,6% da sua receita. Realidade muito diferente vive o Hospital do Graacc, na zona sul de São Paulo, que consegue 63% da sua renda anual com doações.

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Referência no tratamento do câncer infantil e com mais de 3.000 pacientes atendidos por ano, a unidade criou um setor específico de arrecadação, com mais de 200 funcionários. Diariamente, eles têm a missão de captar doações de pessoas físicas e jurídicas, criar e promover campanhas e eventos beneficentes e convencer companhias a doar parte de seus impostos para a instituição.

Segundo Sérgio Amoroso, presidente do Graacc, "nosso atendimento é 90% público".

— Gastamos R$ 60 milhões por ano, mas o SUS só repassa R$ 14 milhões. Cerca de R$ 8 milhões vêm dos pacientes particulares e o resto temos de cobrir com doações. Graças a elas, não temos nenhuma dívida no momento.

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