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Matéria-prima para fabricação de vacina deve atrasar, diz Fiocruz

Paralelamente, fundação aguarda importação de 2 mi de doses prontas da Índia para que Ministério da Saúde inicie vacinação

Saúde|Do R7, com Reuters

Fiocruz depende de insumos importados da China para iniciar envase de vacina
Fiocruz depende de insumos importados da China para iniciar envase de vacina Fiocruz depende de insumos importados da China para iniciar envase de vacina (Divulgação/Fiocruz Minas)

A chegada ao Brasil do insumo farmacêutico ativo (IFA) necessário para a produção pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da vacina contra covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca, que estava prevista inicialmente para sábado (9), agora deve ocorrer até o final do mês, informou nesta sexta-feira (8) a instituição.

De acordo com a Fiocruz, o prazo foi estendido por "precaução", mediante trâmites burocráticos para a importação proveniente da China.

Ao mesmo tempo, a Fiocruz está negociando a importação de um número adicional de doses prontas do imunizante, além dos 2 milhões já negociados com o Instituto Serum, da Índia. Segundo a Fiocruz, caso seja possível adquirir mais doses, elas provavelmente também virão da Índia.

As 100,4 milhões de doses previstas para produção em Bio-Manguinhos no primeiro semestre deste ano serão feitas com IFA importado da China, a partir de uma fábrica da AstraZeneca já inspecionada e certificada pela Anvisa no fim do ano passado. 

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Somente a partir de julho é que a Fiocruz terá concluído as adaptações necessárias para produzir o princípio ativo da vacina. A partir de então, será possível a fabricação de outras 100 milhões de doses. 

Pedido de uso emergencial

AFiocruz encaminhou nesta sexta-feira à Anvisa o pedido de uso emergencial das 2 milhões de doses da vacina que chegarão da Índia.

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O objetivo é disponibilizá-las, assim que aprovadas pela agência, ao Ministério da Saúde para que inicie o plano de vacinação.

O governo trabalha, na melhor das hipóteses, em começar a vacinação no país entre 20 da janeiro e o início da fevereiro.

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O processo, diferente do registro sanitário (mais amplo e definitivo), tem prazo estipulado pela própria agência para ter um desfecho nos próximos dez dias, desde que não haja pendências.

Ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil depende basicamente da produção nacional da Fiocruz e do Butantan (CoronaVac) para suprir a demanda. 

Segundo ele, as importações de vacinas como da Pfizer/BioNTech, Janssen e Moderna resultariam em quantidades muito pequenas para um programa de vacinação de mais de 150 milhões de pessoas. 

Eficácia e segurança

A vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford tem eficácia média de 70,4% para proteger contra a covid-19 e "perfil de segurança aceitável", de acordo com uma análise preliminar dos resultados da última fase de testes em humanos publicada na revista científica The Lancet.

A proteção foi de 62,1% para os voluntários que receberam duas doses completas do imunizante e subiu para 90% entre aqueles que receberam meia dose seguida de uma dose completa no intervalo de um mês.

Entretanto, a AstraZeneca admitiu que o esquema que mostrou maior eficácia ocorreu devido a um erro.

A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, afirmou, em entrevista ao R7, que a constatação mais importante é a de que nenhum dos participantes que tomou a vacina teve quadros graves de covid-19.

"Então, é uma vacina que se mostrou altamente eficaz para as doenças graves, diminuindo assim a necessidade de hospitalização", explicou.

Ainda segundo a análise dos estudos clínicos, a vacina tem poucos efeitos colaterais e eles "são menores em intensidade e número em adultos mais velhos, com doses mais baixas, e após a segunda dose".

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