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Minas registra crescimento dos casos de coqueluche nos últimos anos

Desde o início de 2014, o Estado já contabilizou 171 casos da doença e três mortes

Saúde|Thaís Mota, do R7

Nos últimos três anos, os casos de coqueluche em Minas Gerais tiveram um crescimento expressivo. Segundo levantamento da SES (Secretaria de Estado de Saúde), em 2011 foram o confirmados 82 casos de infecção pela bactéria Bordetella pertussis e uma morte. No ano passado, o número chegou a 466 registros da doença em todo o Estado e seis vítimas fatais.

Já este ano, os números continuam expressivos, mas tiveram uma redução em comparação ao registrado em 2013. Conforme balanço atualizado pela SES no último dia 15 de julho, 171 pessoas foram diagnosticadas com a doença, sendo a maior parte delas bebês de menos de seis meses de idade, e três morreram em decorrência de complicações da coqueluche.

Segundo a referência técnica em difteria, coqueluche e tétano da SES, Luciene Rocha, esse crescimento tem sido verificado em todo o País e uma das causas é a perda da imunidade à bactéria na população adulta. Isso porque as pessoas recebem a vacina contra coqueluche ainda na infância, mas ela tem validade de cerca de cinco a dez anos, e a rede pública de saúde não disponibiliza o reforço para adultos.

— Com o passar do tempo essa proteção adquirida pela vacina vai diminuindo. E o Brasil ficou muitos anos sem ter casos da doença. Mas, agora ela está voltando e a população está mais sensibilizada.

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Atualmente, a vacina tríplice acelular (DTPa), indicada para adultos, está disponível apenas na rede particular de saúde e custa aproximadamente R$ 100 a dose. Ainda conforme Luciene Rocha, ela é bastante indicada para gestantes, já que 70% dos casos de coqueluche são diagnosticados em bebês de até seis meses de vida e que ainda não receberam nenhuma dose da vacina.

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— A população mais vulnerável é aquela que nunca recebeu nenhuma dose da vacina. E, nesse caso, a gente inclui os recém-nascidos cuja primeira etapa de vacinação só ocorre aos dois meses de vida e que estão mais propensos a adquirir a doença. Neste caso, o recomendável é que a mãe tome a vacina acelular durante a gravidez porque ela passará a imunidade ao bebê via placenta.

Segundo informações do Ministério da Saúde, até o fim deste ano a DTPa estará disponível gratuitamente na rede pública para grávidas a partir da 27ª semana de gestação. Entretanto, ainda não há previsão de quando a medida começará a valer.

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Diagnóstico e tratamento

Caracterizada por tosse contínua e um chiado, a coqueluche muitas vezes é confundida com outras doenças como, por exemplo, a gripe. Mas, geralmente tem como sintoma principal a tosse por mais de dez dias em crianças ou por mais de 14 dias em adultos, e que em alguns casos, pode vir acompanhada de febre branda e vômito. Após diagnosticada, por meio de exame clínico ou de nasofaringe, o tratamento é feito à base de antibióticos. 

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