O Ministério da Saúde abriu nesta segunda-feira (23) mais uma etapa de inscrições para médicos brasileiros interessados em trabalhar no Mais Médicos. Os candidatos têm até às 20h desta terça-feira (24) para selecionar até quatro cidades disponíveis. Na primeira etapa do programa, 84% dos postos oferecidos foram preenchidos.
De acordo com o balanço parcial do programa divulgado pelo governo federal hoje, dos 3.936 profissionais que deveriam te confirmado a participação até a última sexta-feira (20), 3.304 compareceram às secretarias de saúde das cidades. Destes, 1.896 optaram pela pontuação de 10% nas provas de residência médica e outros 1.408 escolheram os benefícios do programa, incluindo os médicos do Provab (Programa de Valorização da Atenção Básica).
Apesar de 16% das vagas não terem sido preenchidas, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, comemorou o resultado preliminar do programa.
— Claro que quando a gente fez a incorporação do Provab, nós sabíamos que estávamos criando mais uma estratégia de estímulo à participação de médicos brasileiros. Mas o resultado é muito surpreendente e é positivamente surpreendente.
Ao todo, 1.294 cidades e 12 distritos indígenas aderiram ao programa este ano. Até o fim da primeira etapa, 1.086 municípios e três Distritos Sanitários Especiais Indígenas conseguiram ocupar integral ou parcialmente as vagas oferecidas. Além disso, três cidades desistiram de participar do edital.
Caso as vagas não sejam preenchidas até esta terça-feira (24), uma terceira chamada será aberta. Depois disso serão convocados os médicos brasileiros com diploma do exterior e, em último caso, os postos serão oferecidos à médicos estrangeiros.
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A região que teve maior índice de adesão foi a Nordeste, com 60% das vagas preenchidas, seguida da Sudeste - 82% dos postos ocupados, e Centro-Oeste — 80% de ocupação. Na região Sul, 78% das vagas disponíveis foram escolhidas e a região com menor representação foi a Norte, com apenas 60%.
Chioro explicou que a região Norte tem menos adesão por causa da falta de estrutura e da dificuldade de acesso aos municípios, além da disponibilidade das vagas em aldeias indígenas, e por isso o resultado já era esperado.
— Alguns profissionais se disponibilizam a encarar esses desafios. Outros, quando conhecem a realidade, a distância, a dificuldade de acesso, acabam fazendo outra opções.