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O iogurte búlgaro, um elixir de longevidade e milagre dietético

Saúde|

Vladislav Punchev. Studen Izvor (Bulgária), 26 out (EFE).- Elixir de longevidade, alimento, remédio, desintoxicante, elemento dietético e afrodisíaco - cientistas no mundo todo confirmaram e comprovaram as maravilhosas qualidades do iogurte, um alimento básico, inventado há mais de um século por um búlgaro. Stamen Grigorov descobriu em 1905 a base científica da produção do iogurte, que se gera de forma natural ao coalhar-se o leite de ovelha ou, mais comum em nossos dias, da vaca. O jovem Grigorov era então assistente da Cátedra de Bacteriologia da Universidade de Genebra, na Suíça. Tinha apenas 27 anos quando descobriu que uma bactéria provoca a fermentação do leite e, com isso, as qualidades proveitosas do produto, que na Bulgária é conhecido como kiselo mlyako (leite azedo). "Esta bactéria seria denominada depois Lactobacillus bulgaricus", afirmou à Agência Efe Daniela Yordanova, diretora do pequeno Museu do Iogurte Búlgaro, situado na aldeia de Studen Izvor, berço natal de Grigorov, cerca de 90 quilômetros ao sudoeste de Sófia e muito perto da fronteira com a Sérvia. O museu, de dois andares, reproduz no térreo um quarto típico da Bulgária do século XIX, com tapetes, trajes nacionais, uma pequena mesa-redonda e cadeiras de três pernas, e também moinhos de azeite. O segundo andar está ocupado por uma maquete que mostra o caminho do iogurte, desde os animais nos pastos, através de instalações industriais, até os supermercados, e também painéis com informações de Grigorov, seu trabalho e as propriedades do iogurte. Grigorov estudou na Universidade de Genebra sob o patrocínio do bacteriologista Leon Massol, que rapidamente se deu conta do enorme talento de seu estudante. "A bactéria está nas ervas que as ovelhas pastam. E isso se deve em grande parte às condições meteorológicas favoráveis em nosso país", contou a presidente da fundação Stamen Grigorov e neta do cientista, Yulia Grigorova. Nesse contexto, Yulia lembra que na região onde nasceu seu avô nunca houve indústrias contaminadoras. "Naquela época, nem uma família búlgara sentava-se à mesa sem iogurte. Era uma tradição secular", assegurou. Quando os animais comem tomilho e hipérico, junto com a grama comum, a bactéria chega a seu leite e é questão de simples tecnologia transformá-lo em iogurte. Uma tecnologia que já manejavam na antiguidade de forma rudimentar os moradores do que hoje é a Bulgária. "Existem diferentes hipóteses de como os búlgaros descobriram o iogurte, que não tem nada a ver com o iogurte conhecido na Europa e América, que é uma simples bebida doce sem propriedades curativas", explicou Daniela Yordanova, a diretora do museu. A primeira é que os chamado "protobúlgaros", que chegaram à Europa da Ásia com cavalos, bebiam leite fermentado de égua e, quando começaram a ter uma vida mais sedentária, a partir dos finais do século VII, mudaram para o leite de ovelha. Outra teoria diz que foi descoberto muito antes pelos tracios que habitaram estas terras há 4.000 anos e tinham grandes rebanhos de ovelhas, cujo leite era um de seus principais alimentos. Hoje em dia os especialistas em dietas recomendam o iogurte como alimento que ajuda a perder peso. Além disso, o iogurte tem efeitos favoráveis para os diabéticos e também diminui os danos que a quimioterapia causa aos doentes de câncer. Um grupo de pesquisadores norte-americanos descobriu inclusive que o iogurte estimula a libido, outro efeito positivo de um alimento tão cotidiano e ao mesmo tempo tão especial. EFE vp/rsd (foto) (vídeo)

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