Aproximadamente 15 milhões de bebês nascem de forma prematura (antes de 37 semanas de gestação) a cada ano no mundo, o que representa mais de um a cada dez bebês, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), publicados nesta sexta-feira, véspera do Dia Mundial da Prematuridade.
Aa diretora do departamento de Saúde e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente da OMS, Elizabeth Mason, explicou durante uma coletiva de imprensa:
— Há no mundo 15 milhões de bebês prematuros, dos quais 1 milhão morre a cada ano.
O nascimento prematuro é a principal causa de mortes de bebês em suas primeiras quatro semanas de vida no mundo, e a segunda causa de morte, depois da pneumonia, em crianças menores de cinco anos.
— Sessenta por cento (dos casos de prematuros) se encontram na África e no Sul da Ásia.
Nos países mais pobres, em média, 12% dos bebês nascem prematuros, contra 9% nos países com renda mais elevada. A taxa de sobrevivência também apresenta desigualde segundo a riqueza dos países.
Problema global
Para a OMS, trata-se de um "problema global". Os 10 países com as maiores taxas de partos prematuros são Índia, China, Nigéria, Paquistão, Indonésia, Estados Unidos, Bangladesh, Filipinas, República Democrática do Congo e Brasil.
Mães que amamentam têm menos chances de se tornarem obesas
A OMS enfatiza que em quase todos os 65 países que apresentam dados confiáveis, esse fenômeno tem aumentado nos últimos 20 anos.
Isso pode ser explicado, de acordo com a OMS, por um aumento do número de mulheres mais velhas que têm seus bebês, e o aumento do uso de tratamentos de fertilidade que leva a maiores taxas de gestações múltiplas.
A OMS estima que parte dos bebês prematuros pode ser salva sem recorrer aos tratamentos intensivos neonatais com, por exemplo, a injeção de esteróides durante o pré-natal nas mães com contrações prematuras.