Na África Central e Ocidental, a doença já é considerada endêmica
Fabrice Coffrini / AFP - ArquivoA OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um apelo para que se lute contra "o estigma" relacionado à varíola do macaco, que poderia fazer com que os doentes desistam de procurar atendimento médico, o que dificultaria a contenção da propagação.
A varíola do macaco já tem registrados 550 casos em 30 países não endêmicos e tem sido detectada em especial — embora não de forma exclusiva — em homens que mantêm relações sexuais com outros homens.
"Todos devemos trabalhar contra o estigma, que não apenas é equivocado, mas pode impedir que indivíduos afetados busquem atendimento, tornando mais difícil deter a transmissão", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
O líder da agência da ONU garantiu que "qualquer um" pode contrair a varíola do macaco se tiver contato físico próximo com alguém que esteja contaminado.
A responsável técnica para varíola do macaco da OMS, Rosamund Lewis, admitiu que os casos seguirão aumentando fora da África Central e Ocidental, onde é uma doença endêmica.
Os primeiros casos foram reportados em meados de maio, mas agora se sabe que houve transmissão que não foi detectada, e que durou algum tempo, embora especialistas não tenham conseguido determinar o período.
"O que estamos tentando agora é deter a propagação por meio do acompanhamento de contatos e do isolamento de pessoas diagnosticadas e com sintomas", afirmou Lewis.