Os pais do bebê tomaram a decisão de deixá-lo morrer
Reprodução/ FacebookUm juiz britânico determinou que os pais de Charlie Gard têm até o meio-dia de quinta-feira (27) para entrarem em acordo com o hospital onde ele é tratado a respeito dos arranjos de sua morte, caso contrário, ele será transferido para uma residência hospitalar para doentes terminais onde seu tubo de ventilação será removido.
O bebê de 11 meses, que sofre de uma condição genética extremamente rara que causa dano cerebral progressivo e fraqueza muscular, está no centro de uma amarga disputa entre seus pais e o Hospital Great Ormond Street em Londres.
Depois de tomarem a decisão de deixar Charlie morrer, seus pais vêm fazendo tentativas desesperadas para obter um acerto por meio do qual seria possível passar vários dias com ele longe do hospital.
O que está em questão na parte final e dramática da disputa legal é quanto tempo Connie Yates e Chris Gard terão com o filho. Os dois passaram vários dias tentando conseguir uma permissão para levá-lo para casa, mas à medida que a audiência desta quarta-feira (26) progredia ficou claro que isso não acontecerá.
Um advogado guardião indicado pelo tribunal para Charlie disse à corte que nenhuma residência hospitalar pode oferecer cuidados para uma criança intensamente entubada durante muito tempo.
Seus pais vêm se esforçando para encontrar um médico disposto a supervisionar um plano que permitiria a Charlie ser entubado em uma residência hospitalar durante vários dias. O juiz lhes concedeu uma última chance de fazer tal arranjo até o meio-dia de quinta-feira, disse Nicholas Francis, o juiz a cargo do caso.
— A menos que, até as 12h de amanhã, os pais e o guardião e o hospital consigam combinar um arranjo alternativo, Charlie será transferido a uma residência hospitalar e desentubado pouco depois.
Em certo momento Connie gritou no tribunal, aparentemente com o guardião de Charlie:
— E se fosse seu filho? Espero que você esteja contente consigo mesmo.
Depois disso ela saiu da corte em prantos.
Pais de Charlie Gard pedem autorização para levá-lo para casa
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