Charlotte Santos Barbosa aguarda transplante de coração
DivulgaçãoA pequena Charlotte, de apenas um ano e quatro meses, luta dia a dia pela vida, há cerca de nove meses. Ela precisa de um transplante de coração, pois sofre de miocardiopatia dilatada, doença que impede o órgão de bombear o sangue para o resto do corpo. Por causa da condição, o lado esquerdo do coração fica inchado e os músculos não conseguem se contrair para levar o sangue.
Nascida em Tiradentes (MG), Charlotte apresentou os primeiros sintomas da doença aos sete meses de idade. De início, os pais pensaram que ela estivesse com uma gripe, mas duas semanas depois, como o quadro não mudou, resolveram procurar ajuda médica. Foi então que, em um exame, descobriram a condição.
Por causa da miocardiopatia, a família precisou deixar Minas e ir a Brasília. Há um mês, a bebê está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, enquanto aguarda um coração novo, segundo contou ao R7 o pai da bebê, João Bosco Barbosa e Bárbara Santos.
Barbosa disse, depois do diagnóstico, ele e sua mulher ficaram em Belo Horizonte por seis meses, mas só em Brasília conseguiram encontrar ajuda adequada para a bebê.
— Viemos para Brasília porque aqui tem hospitais e médicos que são referência no tratamento da miocardiopatia dilatada. A Charlotte está fazendo um tratamento enquanto espera por um coração.
A menina precisa de um novo coração para sobreviver
DivulgaçãoEntubada, a menina se alimenta com sonda e respira com aparelhos, além de fazer um tratamento que a mantém viva enquanto aguarda o transplante. Há casos de miocardiopatia em que medicação é suficiente, mas os médicos acham que Charlotte terá melhores chances se receber um novo coração.
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Com sorte, Charlotte deverá receber um coração em breve, já que tem prioridade na lista graças à baixa idade e alta expectativa de vida. Barbosa conta que o esperado é que ela receba o órgão em até 90 dias.
— Na semana passada, apareceu um coração em Brasília, mas não era compatível com o peso da Charlotte. Nossa família só está tranquila porque isso está fora do nosso alcance. Estamos esperançosos, porque só passaram 30 dos 90 dias estimados. A campanha na internet está fazendo sucesso, a Beth Goulart [atriz] é nossa madrinha. Isso dá esperança.
Brasil não doa órgãos
Infelizmente, no Brasil, não há uma cultura de doação de órgãos, disse o pai. Segundo o relatório da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) com o Ministério da Saúde, a fila de espera pode chegar a cinco anos. Além disso, metade das famílias brasileiras rejeita a doação de órgãos.
— Tenho fé em Deus, que tudo vai dar certo e ela vai ficar bem!
*Colaborou Juliana Cunha, do R7.