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Parlamento britânico diz que fraude com carne de cavalo pode ser em massa

Saúde|

Londres, 14 fev (EFE).- Um relatório da comissão de Alimentação e Agricultura do Parlamento britânico alertou nesta quinta-feira que o alcance da contaminação com carne de cavalo em produtos etiquetados como carne bovina pode ser "assombrosa" e em "escala em massa". Os consumidores britânicos foram "enganados sistematicamente pela indústria alimentícia para elevar seus lucros", afirmou o estudo da comissão que presidida pela conservadora Anne McIntosh. Nesse sentido, a deputada trabalhista Kerry McCarthy mostrou sua preocupação com que os produtos contaminados que foram descobertos não sejam mais do que a "ponta do iceberg" de uma prática habitual da indústria. Após várias semanas nas quais diversos produtos de carne bovina foram retirados dos supermercados britânicos por conter carne equina, a Agência de Padrões Alimentícios do Reino Unido (FSA) disse nesta quinta que foi detectado um analgésico anti-inflamatório conhecido como "bute" na carne de oito cavalos britânicos e que poderia ter entrado na cadeia alimentar na França. Além disso, as autoridades do condado de Staffordshire, no centro da Inglaterra, anunciaram a retirada de qualquer produto elaborado com carne de bovino dos refeitórios escolares como medida de precaução. "Confiamos plenamente em nossos fornecedores, mas enquanto esta situação continuar dando que falar,parece mais sensato oferecer um menu alternativo", disse o Governo desse condado em comunicado. Perante as "indicações sólidas de que foi usada intencionalmente carne de cavalo ao invés de carne bovina", o Parlamento britânico pediu ao departamento do Ministério da Agricultura que se encarregue da segurança alimentar (Defra) para desenvolver o mais rápido possível novos controles aos produtos com carnes no Reino Unido. O relatório parlamentar manifestou, além disso, que a reestruturação dos organismos de segurança alimentar que acometeu o Governo britânico em 2010 levou a uma situação "confusa" com relação aos produtos etiquetado e o controle desses mesmos produtos. O comitê pediu tanto à Defra como à FSA que amplie o "espectro" dos controles sobre os produtos de bovino. "Parece improvável que indivíduos que substituíram as carnes de forma ilegal estejam aplicando os padrões de higiene adequados", advertiu. Por esse motivo, os deputados recomendaram que continuem as provas na busca de DNA diferente ao bovino e que sejam aplicados exames mais detalhados para determinar se a carne não está contaminada com "outras substâncias que poderiam ser daninhas para a saúde". A deputada conservadora ressaltou, além disso, a necessidade de endurecer os testes sobre os produtos que contêm carnes e disse que isso encarecerá, a curto prazo, os alimentos. "Os consumidores têm que escolher entre pagar o custo de um etiquetado mais rigoroso e padrões de controle mais exigentes ou aceitar que não receberão informação completa sobre a origem e a composição daquilo que comem", afirmou McIntosh. EFE gx/ff

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