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Reino Unido reporta o nascimento dos primeiros bebês com DNA de três pessoas

Técnica feita por meio de fertilização in vitro serve para corrigir defeitos genéticos que as mães carregam e poderiam passar para os filhos

Saúde|Do R7

Procedimento ainda é experimental
Procedimento ainda é experimental Procedimento ainda é experimental

A Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia do Reino Unido (HEFA, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira (10) o nascimento dos primeiros cinco bebês com o DNA de três pessoas.

O procedimento é feito por meio de fertilização in vitro e busca corrigir problemas genéticos que as crianças herdariam das mães.

A condição em questão é a doença mitocondrial hereditária grave.

Ao utilizar tecidos de óvulos de doadoras saudáveis, os cientistas criam embriões para a fertilização in vitro que não herdam as mutações nocivas que as mães carregam e que possivelmente passariam para os filhos.

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Desta forma, além do DNA do pai e da mãe, uma terceira parte do material genético (de uma doadora) também passa a fazer parte da criança – embora mais de 99,8% do DNA continue sendo dos pais.

O método utiliza o esperma do pai para fertilizar os óvulos da mãe, que tem as mitocôndrias mutantes, e também de uma doadora saudável.

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Em seguida, o material genético nuclear do óvulo da doadora é removido e substituído pelo óvulo fertilizado do casal. Ele fica, então, com um conjunto completo de cromossomos de ambos os pais, mas com as mitocôndrias saudáveis da doadora.

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Segundo o jornal britânico The Guardian, a pesquisa sobre o TDM (tratamento de doação mitocondrial) foi iniciada por médicos do Newcastle Fertility Centre.

O objetivo era ajudar mulheres com mitocôndrias mutantes a terem filhos sem o risco de transmitir doenças genéticas.

A concepção natural, no caso delas, é sempre um risco. Alguns bebês podem nascer saudáveis por herdarem uma pequena proporção dessas células alteradas.

Outros, todavia, podem herdar uma grande quantidade e desenvolver doenças potencialmente graves, como distrofia muscular, epilepsia, problemas cardíacos e deficiência intelectual.

Estima-se que 1 em cada 6.000 bebês sejam afetados por distúrbios mitocondriais.

A lei que permitiu esse tipo de avanço foi modificada em 2015. A

"Desde 10 de maio de 2023, 32 pacientes receberam aprovação para tratamento de doação mitocondrial pelo Comitê Estatutário de Aprovações da HFEA. São decisões tomadas caso a caso, não havendo outras opções para as famílias envolvidas e no estrito cumprimento da lei", diz o órgão regulador em nota.

A TDM oferece alguns riscos, incluindo a chance de um pequeno número de mitocôndrias anormais, inevitavelmente transferidas do óvulo da mãe para o óvulo doado, multiplicarem-se quando o bebê está no útero. Neste caso, a criança poderia ter alguma doença.

O The Guardian lembra que estes não são os primeiros nascimentos de bebês com DNA de três pessoas. Em 2016, um médico dos EUA realizou o procedimento.

A mãe, uma mulher da Jordânia, carregava mutações mitocondriais que causavam nos filhos a síndrome de Leigh, que afeta o sistema nervoso central.

Antes do tratamento, feito no México, ela havia sofrido quatro abortos espontâneos. Dos dois filhos que nasceram vivos, um morreu aos seis anos e o outro viveu apenas oito meses.

Ao jornal, o executivo-chefe da HFEA, Peter Thompson, defendeu os potenciais benefícios do tratamento de doação mitocondrial.

"O TDM oferece às famílias com doenças mitocondriais hereditárias graves a possibilidade de uma criança saudável. O Reino Unido foi o primeiro país do mundo a permitir a TDM dentro de um ambiente regulatório."

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