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Saiba o que mais assusta os homens na hora H

Disfunção erétil tem várias causas e ocorre em mais de 50% da população masculina

Saúde|Eugenio Goussinsky,do R7

No consultório, o homem começa a lidar melhor com a questão
No consultório, o homem começa a lidar melhor com a questão No consultório, o homem começa a lidar melhor com a questão

É na intimidade do consultório, muitas vezes maior até do que a da cama, que um homem, geralmente de meia-idade, admite o que para ele é uma das frases mais dramáticas: "Falhei na hora h, em que estava me relacionando com uma mulher ou parceiro".

Tal situação é recorrente no consultório do urologista Flávio Iizuka, da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia). E ocorre já em um estágio desejável, que acontece na verdade com a minoria dos acometidos pela chamada disfunção erétil. 

Nesse estágio, pelo menos o homem se rendeu à necessidade de procurar ajuda e começa a admitir que tem um problema. É o primeiro passo para começar a resolvê-lo, segundo o médico.

— A demora em procurar tratamento é comum e com certeza prejudica. Isso acontece justamente com o indivíduo que reluta em aceitar o fato. As mulheres, neste sentido, são mais fortes e estão mais informadas sobre estas questões. O homem chega e se sente constrangido, a gente percebe a fragilidade do momento. É como se fosse um segredo, mas em qualquer consultório médico, seja cardiologista ou outra especialidade, o diagnóstico é algo pessoal do paciente.

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Segundo recente pesquisa encomendada pela SBU, realizada pela plataforma web do Ibope Inteligência, a disfunção erétil atingiu um número surpreendente de homens entre 40 e 69 anos. Nesta faixa etária, 59% já tiveram problema de ereção. Com o avanço da idade, segundo Iizuka, a chamada impotência começa a vir, como um sintoma associado a doenças como diabetes e pressão alta, segundo o médico, as principais causas da impotência. 

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Essas, além de estados como sonolência, queda da libido e dos níveis de testosterona, maior fragilidade dos ossos, perda de massa muscular, podem estar incluídas na síndrome Metabólica. Tal síndrome, denominada em 1980, é o conjunto de fatores de risco que se acumulam em função de situações como sedentarismo e obesidade.

Segundo o médico, outro sintoma que potencializa a disfunção é a andropausa, versão masculina da menopausa.

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— A andropausa e a síndrome Metabólica são coisas distintas, mas andam de mãos dadas.

Mas, ao contrário das mulheres, nem todos os homens passam pela andropausa, uma etapa em que a queda da testosterona (hormônio que regula as atividades sexuais e a virilidade) é acentuada.

— A partir de uma certa idade, em torno dos 40 anos, todo homem tem queda no nível de testosterona. Mas os que estão em andropausa têm uma queda ainda maior. 

Com a diminuição da testosterona, o óxido nítrico, neurotransmissor que relaxa os vasos sanguíneos e possibilita maior fluxo sanguíneo no pênis, gerando a ereção, é produzido em menor quantidade.

A idade, porém, pode não ser o principal problema para muitos. Há um número grande também de jovens, homens com menos de 30 anos, que perdem a potência sexual, principalmente em função de questões psicológicas, que retardam ou diminuem a produção hormonal. 

Esse fenômeno é ressaltado pelo psicólogo Angelo Monesi, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Segundo ele, a competitividade cada vez maior da sociedade e a permanente troca de parceiros fazem os homens mais jovens ficarem cada vez mais ansiosos durante as relações. Questões de baixa autoestima também acarretam esse tipo de problema.

— Cada uma destas vezes é uma primeira vez. E na primeira relação há o medo maior de falhar. A ansiedade de desempenho acaba provocando o desempenho insatisfatório. Tem a ver também com a realização pessoal de cada um. Se o homem está obtendo sucesso em outras áreas, como profissional, financeira e social, ele tende a se sentir mais confiante e assim ter um desempenho sexual mais saudável.

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Monesi alerta para uma questão importante: por volta de 30% da venda dos medicamentos que combatem a disfunção erétil, é direcionada ao público com menos de 30 anos de idade.

— São casos em que não há a necessidade de se ingerir este tipo de medicamento. Para cobrir a falta de confiança, esta atitude acaba sendo uma espécie de fuga do real problema, que tem de ser resolvido no consultório do psicólogo. 

Na trilha desta opinião, o urologista ressalta que a questão emocional entre os jovens é determinante para o desenvolvimento da impotência.

— A grande maioria, diria que mais de 95% dos casos de impotência entre jovens são decorrentes de questões psicológicas. Em geral são períodos alternados, ora de momentos em que dá certo, ora de falha na performance. Já em relação aos homens com mais de 40 anos, na grande maioria das vezes, apesar de questões psicológicas também influenciarem, a causa é orgânica.

A pesquisa também tem outro dado interessante: 30% dos homens não sabem, deixariam ou talvez deixassem de ter relação sexual por medo de falhar. Mas os médicos alertam que é justamente neste momento que um urologista e um psicólogo devem ser procurados. Segundo Iizuka, mesmo com o avanço da idade, a questão da disfunção erétil não significa o fim da vida sexual de um homem.

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