Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Soro de cavalo contra covid pode ser testado em breve em humanos

Anvisa ainda não recebeu pedido de testes, mas tenta agilizar o processo; plasma tem anticorpos até 100 vezes mais potentes

Saúde|Do R7

Cavalos produziram anticorpos mais potentes após serem inoculados com proteína do vírus
Cavalos produziram anticorpos mais potentes após serem inoculados com proteína do vírus Cavalos produziram anticorpos mais potentes após serem inoculados com proteína do vírus (Divulgação Instituto Vital Brasil)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária) ainda não recebeu pedido para autorização de testes em humanos do soro produzido por cavalos contra a covid-19, mas realiza reunões para agilizar o processo. O plasma dos equinos apresenta anticorpos neutralizantes até 100 vezes mais potentes para combater a doença.

A agência informou, por meio de nota, que o Instituto Vital Brazil, responsável pela pesquisa junto com outras instituições brasileiras, ainda não fez a solicitação para o estudo clínico. "A Anvisa tem feito reuniões de acompanhamentos como estratégia para dar agilidade ao processo, mas até então o soro está em fase de estudo pré-clínico, isto é, antes do teste em humanos", diz o texto.

Ainda de acordo com o órgão, reuniões estão sendo realizadas para dar agilidade a este processo, mas a decisão de fazer o pedido para o estudo clínico deve partir do próprio laboratório, quando julgar que já tem as informações necessárias.

Segundo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), os pesquisadores "seguiram todos os trâmites e responderam todos os questionamentos da Anvisa" durante os encontros para tratar do pedido de testes em humanos.

Continua após a publicidade

A Faperj explica que antes de realizar o pedido para a autorização de testes clínicos, é preciso submeter todos os documentos sobre o estudo a uma comissão avaliadora da Anvisa. Os dados foram enviados pela primeira vez no dia 6 de outubro. Então, a agência reguladora fez mais 26 perguntas, que foram respondidas no início deste mês.

Ainda segundo a fundação, há uma semana a comissão avaliadora fez mais 22 questionamentos e as respostas a eles estão sendo elaboradas pelas equipes do Instituto Vital Brazil e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

A pesquisa começou em maio do ano passado, quando cinco cavalos do instituto foram inoculados com a proteína S recombinante do novo coronavírus, produzida no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e, após 70 dias, os plasmas dos equinos apresentaram anticorpos neutralizantes 20 a 100 vezes mais potentes contra o novo coronavírus do que os plasmas de pessoas que tiveram covid-19 e estão em convalescência.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.