Em Recife (PE), houve mutirão para realizar exames gratuitos em bebês com microcefalia
Marlon Costa/FuturaPress/EstadãoConteúdoA Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo investiga seis casos de microcefalia, má-formação cerebral em recém-nascidos, supostamente relacionados à infecção pelo zika vírus.
De acordo com o governo estadual, os casos são de bebês nascidos nas cidades de Campinas, Guarulhos, Mogi-Guaçu, Ribeirão Preto, São Paulo e Sumaré. No caso de São Paulo a gestante tem histórico de viagem ao Nordeste. Ela chegou a São Paulo com 37 meses de gestação. Os demais casos estão sendo tratados, no momento, como autóctones.
Todos os casos preenchem os requisitos clínicos necessários para definição de caso ligado a infecção por zika: as gestantes apresentaram exantema (manchas avermelhadas pelo corpo) durante a gestação e tiveram exames negativos para rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes e citomegalovírus.
Especialista investiga suposta ligação de zika vírus e cegueira em bebês
Em quatro dos seis casos os resultados de tomografia computadorizada mostraram presença de calcificação no cérebro dos bebês, o que pode sugerir infecção pelo zika.
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Não há, no momento, exame sorológico disponível na rede pública de saúde do país para confirmação laboratorial de zika. Somente este exame seria capaz de apontar anticorpos do vírus no sangue das mães cujos filhos nasceram com microcefalia, bem como atestar infecções de pessoas com os sintomas da doença.
De 17 de novembro até 10 de dezembro as cidades notificaram 46 casos de microcefalia ao Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria. Seguindo protocolo federal editado em 8 de dezembro, a pasta irá elaborar boletins periódicos de casos de má-formação cerebral que tenham possível relação com infecção por zika.