Com dois planos de saúde e grávida de cinco meses, a farmacêutica Amanda Rossi Fagundes, de 29 anos, já decidiu que se submeterá a uma cesárea e acredita que as novas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vão dar autonomia para que as mulheres decidam qual tipo de parto querem fazer.
— O melhor é que ela (a portaria) vai dar a oportunidade para a mulher decidir se quer um parto normal ou cesárea e ponto-final. Acho que as mulheres vão ficar mais bem informadas.
Amanda conta que não é contra o parto normal, principal foco da resolução, mas que prefere a cirurgia.
— Tenho pavor de parto normal e não quero passar por isso. Eu pesquisei sobre o assunto, mas, mesmo sabendo dos problemas da recuperação, optei pela cesariana.
Ela diz que, mesmo se tivesse de pagar pelo procedimento, não mudaria de ideia.
— Eu me programaria financeiramente para fazer a cesárea.
Grávida de sete meses, a dona de casa Natália Viana Brasil, de 31 anos, desistiu de fazer um plano de saúde para usar o serviço durante a gravidez ao notar o alto índice de cirurgias realizadas pelas operadoras.
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— Quando planejei engravidar, fui pesquisar os cenários obstétricos do País e vi que, nos planos, a maioria dos médicos faz cesariana e já agenda a data do parto. Optei por não ter o plano, porque o custo que teria pagando por dois anos seria o de ter um parto normal particular sendo a protagonista.
Natália planeja ter um parto normal domiciliar, mas também está em contato com uma obstetra, caso seja necessário fazer uma intervenção cirúrgica.
Ela defende as novas regras para o parto.
— Pode ser um primeiro passo para acabar com a epidemia de cesarianas que coloca mães e bebês em um risco desnecessário.
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