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Transferência de nervos devolve movimento a mãos de tetraplégicos

Pacientes submetidos ao procedimento readquiriram força nos braços e nas mãos, segundo estudo publicado na revista científica The Lancet

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Paul Robinson (foto) teve lesão na medula após acidente
Paul Robinson (foto) teve lesão na medula após acidente Paul Robinson (foto) teve lesão na medula após acidente

Uma técnica de transferência de nervos feita por um grupo de médicos da Austrália devolveu os movimentos dos braços e das mãos a um grupo de pacientes tetraplégicos.

Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, na última quinta-feira (4).

Um dos beneficiados foi Paul Robinson, de 34 anos, que perdeu todos os movimentos do peito para baixo em um acidente de moto há quatro anos, devido a uma lesão na medula.

Passados dois anos após ter os membros superiores operados, hoje ele consegue impulsionar a própria cadeira de rodas.

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Robinson foi submetido a uma cirurgia para restabelecer as ligações nervosas, fazendo com que conseguisse estender o cotovelo e também agarrar, apertar ou abrir objetos.

São utilizados nervos ativos do próprio paciente que possam ser retirados e reimplantados. 

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As transferências nervosas conseguiram reativar o músculo, algo que até então não havia sido feito. Essa é a principal vantagem para pacientes com lesões na medula, como Robinson.

"Nós não inventamos a transferência de nervos, mas somos os primeiros a aplicá-la à lesão da medula espinhal de uma forma extensa", disse à CNN a cirurgiã Natasha van Zyl, coordenadora do estudo.

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Além de Paul Robinson, outras 16 pessoas com lesões medulares recentes passaram por procedimentos durante o estudo, sendo que 13 delas conseguiram resultados semelhantes.

"Quando você pergunta aos tetraplégicos, sua prioridade número um é a função da mão, antes da caminhada, controle da bexiga e do intestino e sexo", complementa a médica.

Os pesquisadores, no entanto, observam que o transplante de nervos não significa cura para paraplegia. A indicação é que a cirurgia seja feita entre seis e 12 meses após a lesão que comprometeu os movimentos.

Além disso, pode demorar meses até que o paciente consiga sentir os primeiros efeitos após o procedimento.

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