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Tumor de testículo como o do jogador Ederson, em geral, pode ser descoberto com simples apalpada no local

Doença atinge mais jovens entre 15 e 35 anos e tem alta probabilidade de cura

Saúde|Eugenio Goussinsky, do R7

Ederson, do Fla, vai passar por cirurgia para se livrar de tumor
Ederson, do Fla, vai passar por cirurgia para se livrar de tumor Ederson, do Fla, vai passar por cirurgia para se livrar de tumor

Pode parecer repetitivo, mas quanto mais cedo for feito o diagnóstico de tumor em um dos testículos, mais fácil será superar a doença. O caso do jogador Ederson, que irá passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor, é bem representativo de como esse tipo de câncer surge: quase sem sintomas.

O maior indício, segundo o urologista Nestor Facio, membro da Sociedade Brasileira de Urologia, é a presença de um nódulo, que, em geral, passa despercebido para a maioria dos adultos jovens.

— Pouco se fala que os jovens entre 15 e 35 anos, idade com maior incidência da doença, deveriam fazer a apalpação de testículo. O primeiro sinal é um nódulo duro no testículo e sem dor nenhuma. Uma simples apalpada pode ser suficiente para descobrir a doença. 

O câncer de testículo representa 5% de todos os casos de câncer entre homens no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). No caso de Ederson, ele foi descoberto após dois exames antidopindo do jogador darem positivos, por causa do excesso da substância beta-HCG, que estimula a produção do hormônio testosterona.

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Três são as principais causas para o surgimento da doença, segundo Facio. A primeira é o fator hereditário. A segunda é, desde as infância, os testículos não terem descido para o saco (bolsa testícular), permanecendo em uma região no abdômen, mais quente do que seria o indicado para este tipo de órgão.

— Nessa região o testículo fica em uma temperatura de 36,5º C e isso pode provocar algum tipo de degeneração.

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Em geral, este tipo de câncer é curável em quase todos os pacientes. A causa, segundo Facio, não decorre de fatores externos como alimentação e ingestão de algum tipo de medicamento. O único fator externo que tem poder de influenciar é a ocorrência de um trauma forte na região. Isto pode provocar o surgimento de um tumor.

— Essa é uma terceira possível causa da doença, depois da familiar e da má localização dos testículos.

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Tratamento

A primeira etapa do tratamento, que pode ser a única em caso de diagnóstico precoce, é a remoção de um testículo por meio de cirurgia. Após a cirurgia, de acordo com a biópsia e as observações, poderão ser seguidos outros procedimentos: observação, radioterapia, quimioterapia e dissecção, em caso de tumores mais avançados, que podem até se espalhar em forma de gânglios para os pulmões.

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Facio, porém, afirma que, quando a retirada é feita ainda em um estágio inicial, o paciente teoricamente está curado. E pode manter sua funções sexuais mesmo com apenas um testículo.

— O mais importante é que ele se mantém com a mesma característica masculina, porque o outro testículo dá a ele condições de testorerona, físicas, emocionais e a fertilidade é mantida com um testíulo.

Ele compara a situação com a perda de outros órgãos que não necessariamente compromete o funcionamento do organismo.

— É como quando uma pessoa fica sem um pulmão. Da mesma maneira, o testículo se torna vicariante: ele cresce, com hipertrofia, para poder manter as funções naturais do paciente.

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