Com o aumento no número de brasileiros usuários de smartphones, aplicativos de serviços, como o Uber, tem feito sucesso no País. Cientes das necessidades do mercado e da facilidade proporcionada pelos aparelhos, empresários e investidores estão aproveitando a onda para criar aplicativos também para a área da saúde.
Um deles é o Rapidoc. Criado pelo gaúcho Ivan Martins em parceria com um amigo e seu cunhado peruano e investidor inicial do projeto, o serviço utiliza uma rede de médicos cadastrados e a geolocalização do usuário para mostrar os profissionais da saúde que estão nos arredores. Com isso, o paciente pode procurar por um especialista, como terapeutas, pediatras e geriatras, e agendar uma consulta no conforto de sua própria casa.
De acordo com Martins, o diferencial do serviço é a comodidade de receber o médico em casa, sem precisar sair nem enfrentar filas. Segundo o idealizador, a maior parte dos chamados diz respeito a problemas mais simples, como resfriados, gripes e atendimentos de pediatria para os pequenos.
— Atendemos muito filhos que usam o serviço para pacientes da terceira idade que, às vezes, precisam receber atendimento em casa e têm dificuldade de locomoção
Segundo ele, o serviço também é atraente aos médicos, pois podem aproveitar brechas em seus horários para realizar atendimentos particulares sem ter que se deslocar para longe.
— Se o paciente está na zona sul, ele não vai chamar um médico lá da zona norte. Vai ser um próximo, que está nos arredores.
A média para as consultas gira entre R$200 e R$400, e o pagamento é feito diretamente para o médico, após o atendimento. Até o momento, o Rapidoc não tem parceria com planos de saúde.
Lançado no início de julho em cidades do sul do Brasil, Ivan afirma que a procura superou suas expectativas, e há planos para expandir a rede para outras cidades do País, além mercados latino-americanos, como a Argentina e o Peru.
Rede de clínica popular chega a ter fila de espera de médicos
Docway
Outro app que coloca médicos em contato com pacientes é o Docway. No ar desde setembro do ano passado, ele já está presente em mais de 100 cidades do Brasil, e conta com cerca de 1600 médicos e 25 mil pacientes cadastrados.
Idealizador do serviço, o administrador Fabio Tiepolo conta que trabalhou durante 12 anos na indústria farmacêutica, e resolveu criar o serviço após perceber que “os médicos são vítimas de uma certa opressão por conta dos baixos valores pagos pelos planos de saúde e até pelo SUS”.
Apesar disso, alguns planos de saúde cobrem as consultas a domicílio oferecidas pelo app. No entanto, o paciente deve ligar na operadora para descobrir se há reembolso total ou parcial do valor da consulta. Nesses casos, os médicos são orientados a deixar recibo para o paciente.
Assim como o Rapidoc, o Docway também deve expandir para outros mercados nos próximos meses.
— A gente quer se consolidar no mercado brasileiro, e depois, a partir de dezembro, já temos outros países mapeados, como Portugal, países da África, China e Canadá.
Até a publicação desta matéria, o download do app Rapidoc não estava disponível na Apple Store — apenas na Play Store. Já o Docway estava disponível em ambas as plataformas.
*Colaborou: Luis Felipe Segura, estagiário do R7