A primeira semana útil de 2017 chega ao fim e para muita gente também os dias de folga. É hora de se programar para voltar a malhação na próxima segunda-feira ou já pensar em se matricular na academia. Antes de começar os treinos, é necessário passar por avaliações médicas e verificar como anda a saúde do coração, alerta o cardiologista e presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), Ibraim Masciarelli Pinto.
— A legislação brasileira vigente eliminou a obrigatoriedade de que as academias exijam a avaliação de um médico a fim de liberar o aluno para a atividade física. Entretanto, isso pode expor o praticante a sérios problemas. Não se deve, por descuido prévio ao início de atividade em academias, transformar em fator de risco para a saúde cardiovascular algo que pode ser muito positivo.
Todos os que querem treinar, de atletas de alta performance a pessoas que receberam orientação médica, devem fazer as avaliações com profissionais experientes na área. O cardiologista reforça que deve haver uma investigação especial para cada caso.
— Em determinados casos, deve-se solicitar exames específicos, para elucidar dúvidas. Muitos argumentam que a morte súbita em atletas é um evento raro e que, portanto, não se justificaria o custo de manter programas específicos para essa finalidade. No entanto, é muito pertinente a seguinte pergunta: quanto vale uma vida? É importante destacar que a pessoa que fará exercícios intensos, como maratona, triátlon, crossfit e spinning, tem de passar por uma avaliação mais detalhada, conforme as diretrizes da cardiologia do esporte.
Vida saudável: alimentação faz parte
É importante lembrar que praticar exercícios físicos ajuda, mas não é suficiente para prevenir doenças. Para isso, é necessário combinar a atividade com uma alimentação balanceada. Treinando, o corpo precisa de maior quantidade de oxigênio e nutrientes. Com isso, o coração bombeia mais sangue, em um ritmo mais acelerado. A nutricionista e diretora do Departamento de Nutrição da Socesp, Marcia Gowdak, explica que essa necessidade independe do perfil da pessoa.
— Há pessoas que praticam exercícios pelo bem-estar; outras, por recomendação médica; e muitas, pela vaidade de ter um corpo em forma. E há uma minoria, formada por atletas, que se dedica a competir. Como se vê, existem muitos perfis diferentes dentre os adeptos dos esportes. Mas, para todos, vale a mesma recomendação: é fundamental seguir uma dieta adequada à intensidade do seu treino.