A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), 38 anos, foi assassinada na noite desta quarta-feira (14). O crime ocorreu no centro próximo à prefeitura da cidade. Ela era atuante em grupos que lutam pelos direitos da mulher e dos negros e sua morte mobilizou o Twitter e o Facebook.
As pessoas prestaram homenagens a Marielle e discutiam as circunstâncias em que o crime aconteceu.
Na manhã desta quinta-feira (15), o assunto ocupava três dos 10 tópicos mais comentados no Twitter.
Vereadora denunciava atuação de Batalhão em Acari
Temer diz que morte de Marielle não ficará impune
A hashtag "não foi assassinato" foi tão citada quanto o nome de Marielle. A intenção era se opor a hipótese de que foi um crime sem relação com as causas em que ela lutava.
Marielle Franco era moradora da Maré e costumava se apreseta como "Negra da Maré". A expressão também foi uma das mais usados nos posts do Twitter nesta manhã. Assim como a situação de segurança pública no Rio de Janeiro.
Veja alguns tweets:
No Facebook foram criados dezenas de eventos para manifestações na rua. Os atos foram marcados para hoje e amanhã nas capitais e também fora do país. Brasileiros também irão se mobilizar na Argentina, EUA e Portugal.
Os últimos momentos de vida da vereadora foram transmitidos ao vivo pela internet. Ela participou de uma roda de discussão com o tema "Jovens Negras Movendo as Estruturas". Momentos após, foi executada.
Marielle foi morta dentro do carro com tiros na cabeça. Os disparos partiram de um carro ao lado e também atingiram Anderson Pedro Gomes, que estava no volante e morreu. A assessora estava junta, mas não foi ferida gravemente.
Acredita-se que a motivação do assassinato tenha sido as denúncias feitas por Mariele Franco sobre a violência policial em bairros pobres do Rio. Há quatro dias, ela postou um vídeo do Coletivo Akari que registrou a ação da PM na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Veja a trajetória de Marielle: