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Canto das baleias pode auxiliar no 'ultrassom' do fundo do mar

Segundo estudo, sons emitidos pelos mamíferos são importantes para a análise de terremotos em áreas de preservação marinha

Tecnologia e Ciência|João Melo, Do R7*

Baleias podem emitir sons com cerca de 189 decibéis
Baleias podem emitir sons com cerca de 189 decibéis Baleias podem emitir sons com cerca de 189 decibéis

Cientistas que estudam o canto das baleias nos oceanos descobriram que os sons que esses mamíferos emitem podem servir como um "ultrassom do fundo do mar". A pesquisa foi divulgada na revista Science.

De acordo com os pesquisadores, o canto das baleias pode ser utilizado para analisar a crosta oceânica, estudar terremotos e também para mapear o fundo do oceano, principalmente em áreas de preservação marinha, onde não podem ser instalados canhões de ar sísmicos, dispositivos tradicionalmente usados para este tipo de pesquisa.

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“Nosso estudo demonstra que as vocalizações de animais são úteis não só para estudar os próprios animais, mas também para investigar o ambiente que eles habitam”, afirmaram os pesquisadores no artigo publicado.

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Os canhões de ar são proibidos em áreas de preservação por emitirem ruídos muito altos, o que afeta diversos animais marinhos que utilizam os sons oceânicos para a sua navegação no fundo do mar, como as Baleias-Fin e Jubarte.

De acordo com os pesquisadores, o canto das baleias ainda não pode substituir totalmente estes canhões de ar, porque eles podem avançar em até 8 quilômetros de profundidade, enquanto o som dos mamíferos chegam a no máximo 3 quilômetros.

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Para realizar este estudo, os cientistas focaram em sons emitidos por Baleias-Fin, que podem medir até 27 metros e pesar cerca de 70 toneladas. Os ruídos desta espécie possuem até 189 decibéis, que podem ser comparados a ruídos de grandes navios e fogos de artifício, segundo o estudo.

Foram analisadas seis canções destas baleias na pesquisa, totalizando 22 horas de gravações, que foram captadas por sismômetros localizados em uma região próxima à costa do estado de Oregon, nos Estados Unidos.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Thiago Calil

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