Indicação de notícia urgente no feed do Facebook
Divulgação/FacebookO Facebook surpreendeu os veículos jornalísticos com a mudança no algoritmo que valoriza os posts de amigos e familiares e diminui a exibição das notícias. A preocupação em barrar fake news fez a rede social mudar de estratégia e criar novas ferramentas para tentar garantir a qualidade do conteúdo.
Alguns jornais e sites dos EUA estão testando um sinalizador de notícia urgente desde o segundo semestre de 2017. Um selo indica ao usuário qual é a notícia mais relevante em um determinado momento. Agora, outros 50 veículos na América do Norte, América Latina, Europa e Austrália poderão fazer o mesmo.
Como funciona
O selo de notícia urgente pode ser colocado no Instant Articles, em links para reportagens e conteúdos no Facebook Live. O recurso, porém, não pode ser utilizado de maneira ilimitada. Somente um por dia, durante seis horas e com a possibilidade de obter até cinco selos extras.
O post com a indicação será exibido no feed e gerará dados sobre alcance e interação. Os usuários podem denunciar quando considerarem que uma notícia não era realmente urgente.
Resultados
Dados de 8 de dezembro a 14 de janeiro mostram que as pessoas nos EUA engajaram mais com posts que são marcados como notícias urgentes. Essa será uma forma da mídia recuperar uma parcela audiência que perdeu. Ao longo desse período, foi observado:
4% de aumento na taxa de cliques
7% de aumento em Curtidas
Aumento de 4% em Comentários
11% de aumento em Compartilhamentos
Facebook e o jornalismo
Em fevereriro deste ano, em evento organizado pelo site Recorde, a chefe de parcerias jornalísticas do Facebook, Campbell Brown, deu uma declaração que desmerecia a relação da empresa com a imprensa.
"O meu trabalho não é deixar os publishers felizes. O meu trabalho é garantir que existam notícias de qualidade no Facebook. E que os publishers que estão no Facebook tenham um modelo de negócio que funcione", disse Brown.
A fala foi interpretada como uma resposta aos jornais que abandonaram a rede social. No Brasil, a Folha de S. Paulo já decidiu deixar de compartilhar suas notícias na plataforma.