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Falha em protocolo torna todas as redes WiFi vulneráveis à hackers

Problema afeta todas as redes com WPA2, a criptografia sem fio mais comum

Tecnologia e Ciência|Filipe Siqueira, do R7

Pesquisadores avisaram empresas, que estão liberando correções
Pesquisadores avisaram empresas, que estão liberando correções Pesquisadores avisaram empresas, que estão liberando correções

Pesquisadores de segurança encontraram uma falha grave no protocolo WPA2, que garante o funcionamento da criptografia de milhões de redes WiFi. A brecha permite a interceptação de dados que trafegam entre a rede e os dispositivos conectados à ela, o que permite a hackers mal intencionados roubarem dados sensíveis como senhas em tráfego pela rede, desde que estejam próximos da localização da rede para explorar a brecha.

O ataque foi batizado de KRACK (algo como Ataques de Reinstalação de Chaves) e funciona da seguinte forma: com a invasão de um dispositivo, é possível sequestrar as chave criptográficas e reinstalá-las. A vulnerabilidade existe porque as chaves deveriam ser usadas apenas uma única vez, ao invés de permitir que sejam reutilizadas.

Como está claro, o erro diz mais respeito a como o protocolo se comunica com dispositivos que da segurança da rede em si nos roteadores. Por isso, usuários de Linux, OpenBSD e Android estão mais vulneráveis, pela forma como esses sistemas operacionais lidam com as trocas de chaves com o roteador.

Segundo o principal pesquisador por trás da descoberta, Mathy Vanhoef, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, o problema também afeta dispositivos Windows e Mac em menor grau.

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— Também é possível injetar e manipular dados dependendo das configurações da rede — afirma Vanhoef no site oficial KRACK Attack, criado para divulgar detalhes da falha. Explorando a vulnerabilidade, hackers conseguem até forçar sites em HTTPS a transmitirem informações para computadores sem criptografia, os reconfigurando para retornar ao protocolo HTTP.

Como lidar com isso

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Segundo os pesquisadores, cerca de 41% dos dispositivos Android estão muito vulneráveis ao KRACK. O Google afirmou que dia 6 de novembro vai liberar uma correção, mas ela depende das operadoras e fabricantes para chegar aos usuários como deveria.

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Como a falha foi investigada em segredo, a equipe enviou avisos aos principais fabricantes de roteadores e celulares. Algumas já liberaram correções, então é uma boa ideia chegar o site da fabricante dos roteadores que você possui. Além disso, a Microsoft liberou uma correção no último dia 17, então dispositivos Windows já se encontram relativamente seguros.

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Quem possui Linux, vai ter que esperar as responsáveis pelas distribuições se mexerem e lançarem atualizações. Já usuários de dispositivos Apple devem esperar as correções da empresa, que afirmou que uma atualização de segurança já está pronta e liberada nas atuais versões beta do iOS e macOS.

Os pesquisadores alertaram que voltar para o protocolo WEP é uma péssima ideia, pelo fato dele ser muito inseguro.

Caso esteja vulnerável (especialmente se seu smartphone rodar Android 6.0) e quiser ter certeza de que estará protegido, utilize apenas redes móveis.

Outras recomendações antigas também podem ser seguidas, como trocar a senha padrão de seu roteador e torcer para ninguém invadir sua rede enquanto os dispositivos não são atualizados.

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