O prédio da FIESP fica logo na saída do metrô
R7A subjetividade e a objetividade são duas coisas que têm características completamente diferentes. Enquanto uma permite que a sensibilidade, algo mais irracional, sirva como uma espécie de “conhecimento” para que se chegue a um determinado resultado, a outra segue o caminho completamente oposto. Tudo é baseado em informações mais concretas, dados, fatos, números, estatísticas ou qualquer outra coisa que possa justificar a conclusão a que se chegou.
Sabendo disso, fica até difícil imaginar que essas duas coisas tão diferentes possam se aproximar uma da outra, mas é exatamente isso que a 18ª edição do FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) propõe. Realizado no Centro Cultural Fiesp, na avenida Paulista, o evento assume o desafio de aliar arte e tecnologia e ainda permitir que os visitantes possam interagir de alguma forma com as obras expostas.
O tema deste ano do festival é “O borbulhar de Universos” e mostra quais são as tendências do mundo tecnológico de forma mais didática, além de poder ser considerado até um guia para as pessoas acompanharem o turbilhão de lançamentos de novidades.
Na abertura desta edição, realizada na última segunda-feira (17), o que o público pode ver pareceu ser apenas uma palhinha do que a FILE tem para mostrar até o dia 3 de setembro, apesar de poucas delas terem sido realmente interativas.
O diferencial do FILE é ser um festival que, por meio da tecnologia, tem como objetivo fazer com que os movimentos do corpo do visitante contribuam para criar a arte. Por isso, achei que a abertura foi fraca no sentido de não despertar o interesse do público em voltar nos próximos dias.
O que se espera de um evento desse tipo é que as atrações deem uma experiência hiper-personalizada. Desde simples desvios do olhar no caso da realidade virtual até movimentos de braços e pernas, por exemplo, qualquer reação já é suficiente para que o visitante se torne parte da composição artística. Em alguns casos, ele até se transforma na peça principal. Sem ele, não há arte.
A programação gratuita fica em cartaz até 3 de setembro em diversos espaços do Centro Cultural Fiesp, na avenida Paulista, e ainda vai contar com apresentações de peças teatrais e circenses, workshops para o uso criativo da tecnologia e galerias de fotos.
Serviço:
GALERIA DE ARTE
Período: de 18 de julho a 3 de setembro de 2017
Horários: todos os dias, das 10h às 20h (entrada permitida até 19h40)
ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
Período: de 18 a 30 de julho de 2017
Horários: todos os dias, das 10h às 20h (entrada permitida até 19h40)
GALERIA DE ARTE DIGITAL
FILE LED Show: Diálogos possíveis
Período: de 18 de julho a 3 de setembro de 2017
Exibições: todos os dias, das 20h às 6h
* Caíque Alencar e Victor Fermino, do R7