Quem pensa que o espaço é um lugar calmo e escuro está enganado. A todo momento, explosões gigantes ocorrem por lá, com a diferença de que as proporções são gigantescas. MUITO gigantescas. Uma das mais recentes detectadas por cientistas envolveu uma supernova da categoria "superluminosa" (ou SLSN, na sigla em inglês)
Jet Propulsion Laboratory/Nasa
A explosão da supernova chamada DES16C2nm ocorreu há 10,5 bilhões de anos. Segundo Mathew Smith, principal autor da descoberta, essa supernova é "extremamente rara e extremamente distante". "Não é o tipo de coisa que vemos todos os dias", completa no comunicado oficial da Universidade de Southampton, onde trabalha
Jet Propulsion Laboratory/Nasa
Smith compõe o time do Dark Energy Survey, um esforço internacional que mapeia milhões de galáxias na tentativa de desvendar um dos maiores mistérios da astronomia: o funcionamento da energia escura, que mantém a coesão de todas as galáxias
Eso
A descoberta foi feita "sem querer". O evento foi detectado primeiro em agosto de 2016 e até agosto de 2017 três telescópios haviam confirmado a anormalidade do brilho na região. O resultado foi publicado no periódico científico Astrophysical Journal, na última terça-feira (20)
Nasa
Apesar da grandiosidade do evento, ele foi detectado pela primeira vez assim. A imagem acima descreve a região da supernova antes da explosão
Nasa
Esse ponto marcado aí é a DES16C2nm explodindo. Ao longo dos próximos anos, ela se desfez até desaparecer completamente. Um ponto em um mapa galáctico, mas que representa uma mudança muito grande na distribuição de energia na região
Nasa
Apesar do nome supernova, o evento descreve uma estrela nos pontos finais de sua existência. Nesse período, seu brilho chega a ficar 1 bilhão de vezes maior que sua luminosidade original
Jet Propulsion Laboratory/Nasa
Algumas supernovas chegam a brilhar tanto quanto galáxias inteiras