A revista Science divulgou nessa semana a descoberta de um fóssil um tanto quanto diferente no Ceará. Se trata de uma cobra com quatro patas, que viveu na região há mais de 120 milhões de anos
Reprodução/Science
A Tetrapodophis amplectus é originada da Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará
Reprodução/Universidade de Portsmouth
Apesar da semelhança evolutiva, o fóssil não se trata de um lagarto. Enquanto eles evoluíram aos poucos para chegar aonde as serpentes estão hoje, o Tetrapodophis é sem dúvida mais uma etapa na linha evolutiva das cobras
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Isso porque suas estruturas são idênticas às encontradas nas cobras de hoje, como focinho curto, crânio alongado, presas pontudas, mandíbula flexível - para engolir presas bem maiores - e a mesma estrutura vertebral, que garante tanto flexibilidade nos movimentos quanto força para estrangular outros animais
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Além das patas, o Tetrapodophis tinha cinco dedos em cada pata e quatro pulmões, que provam que a cobra com patas não evoluiu de um animal aquático mas sim de um terrestre. As cobras constritoras da atualidade - como a píton e a sucuri - possuem dois pulmões funcionais e dois resquícios do que poderiam ter sido pulmões adicionais, o que mostra que evoluíram da Tetrapodophis
Reprodução/Universidade de Portsmouth
Acredita-se que essas espécies tenham perdido os pulmões para rastejar mais facilmente pelo chão. A peça encontrada encontra-se atualmente na Alemanha, onde está sendo estudada mais a fundo